O equatoriano Richard Carapaz (Movistar) triunfou hoje na quarta etapa da Volta a Itália em bicicleta, marcada pelo ‘caos’ causado por uma queda no pelotão a seis quilómetros da meta, que afastou a maioria dos favoritos.
Carapaz, quarto classificado da geral final em 2018, cumpriu os 228 quilómetros entre Orbetello e Frascati em 5.58.17 horas, batendo o australiano Caleb Ewan (Lotto Soudal), segundo, e o italiano Diego Ulissi (UAE-Emirates), terceiro, ambos com o mesmo tempo.
O pelotão já tinha enfrentado um primeiro ‘susto’, uma vez que deixou uma fuga de três homens ganhar mais de 12 minutos de vantagem, e apenas com a colaboração da equipa do camisola rosa, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), o tempo começou a ser ‘cortado’.
Os fugitivos foram alcançados a 10 quilómetros da meta e as equipas dos ‘sprinters’ e outros velocistas preparavam-se para a chegada a Frascati, cujas últimas centenas de metros são em alto.
A seis quilómetros, duas quedas simultâneas, uma em cada lado da estrada, afastou a maior parte do pelotão, com o grupo da frente, um misto de candidatos à geral e ‘sprinters’, a destacar-se até à meta.
Na frente seguia Roglic e poucos favoritos, mas também Ewan e Ulissi, favoritos neste tipo de chegadas, ainda que o equatoriano tenha acabado por ser demasiado forte para os dois, conquistando a segunda vitória no ‘Giro’.
Em 2018, terminou em quarto e venceu uma etapa, tornando-se o primeiro equatoriano a vencer uma etapa em grandes voltas, e hoje redimiu-se da prestação no terceiro dia, em que acabou por perder muito tempo.
“Não esperava ganhar. Tinha de ajudar o Mikel Landa [líder da Movistar] e não perder mais tempo. Ataquei porque no grupo seguiam ‘sprinters’, era difícil batê-los, por isso dei tudo. Foi um ataque perfeito”, explicou o equatoriano.
Além de Carapaz, o outro vencedor do dia foi o próprio Roglic, que ampliou a liderança na classificação geral individual, tendo agora 35 segundos de avanço sobre o britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott), que cortou a meta em 10.º.
O italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Merida) é terceiro, a 39, enquanto Ulissi sobe oito posições, para o quinto posto.
O holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vencedor em 2017, foi uma das vítimas de queda e cortou a meta a mais de quatro minutos, a sangrar do joelho esquerdo, saindo do ‘top 10’.
O único português em prova, Amaro Antunes (CCC), foi outro dos corredores a beneficiar do ‘caos’, ao chegar em 49.º e subindo 22 posições na geral, para o 44.º lugar, a 3.43 minutos do líder da ‘corsa rosa’.
Na quarta-feira, os 140 quilómetros da quinta etapa, entre Frascati e Terracina, tem um início algo acidentado, mas terminam com um traçado plano, propício um final ao ‘sprint’.
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