O espanhol Gustavo Veloso (W52-FC Porto) ambicionava hoje conquistar uma vitória ‘azul e branca’ no Troféu Joaquim Agostinho, mas só conseguiu assegurar tranquilidade para a Volta a Portugal em bicicleta, com o triunfo na última etapa.
“Cheguei com vantagem suficiente para vencer uma etapa, muito importante para mim, porque tenho tido uma época difícil, desde a queda na Volta ao Alentejo, que atrasou bastante a preparação. Deu-me tranquilidade porque vejo que todo o trabalho está a resultar”, disse à Lusa o vencedor das edições de 2014 e 2015 da Volta a Portugal.
O galego investiu nos últimos quilómetros, tentando ‘roubar’ a liderança ao italiano Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), que viria a vencer a 39.ª edição da prova, cruzando a meta, no parque eólico da Carvoeira, com cinco segundos de vantagem sobre o francês Guillaume de Almeida (Rádio Popular-Boavista).
“Com o Raul [Alarcón] em quarto, a poucos segundos do pódio, queríamos reservá-lo para o final e eu tentar desde longe, porque sabíamos que o Nocentini ia ficar em equipa. Foi essa a nossa corrida, tínhamos de arriscar e eu tentei, mas outras equipas também estavam a lutar e não consegui melhor do que alguns segundos”, explicou.
A derradeira prova do calendário nacional antes da Volta a Portugal, unanimemente considerado o grande objetivo temporada numa época dominada pelos ‘dragões’, serviu para medir forças, mas Veloso recusou entrar em euforias.
“Penso que a Volta vai ser muito dura, não tem tantos finais em alto, mas nenhuma etapa é fácil, a menos difícil é que termina em Castelo Branco [a sétima]. O facto de serem apenas oito corredores também diminui as hipóteses de uma equipa controlar a corrida, vamos ver”, rematou Veloso, que apesar do triunfo na tirada não foi além do sétimo posto na geral, a 59 segundos do vencedor.
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