
O duelo inaugural da época entre Jonas Vingegaard e Primoz Roglic será a principal atração de uma Volta ao Algarve de incontáveis nomes sonantes do pelotão, com João Almeida a apresentar-se como o outsider na luta pela geral.
Escolhida por ‘Rogla’ e pelo dinamarquês da Visma-Lease a Bike para arrancarem a época, a 51.ª ‘Algarvia’ tem uma concentração invulgar de figuras do pelotão (e para todos os gostos), reunindo três dos elementos do denominado ‘Big 6’ do ciclismo – o outro é Wout van Aert -, além de vencedores de grandes Voltas, como Geraint Thomas e Sepp Kuss, e de corredores carismáticos como Julian Alaphilippe ou Biniam Girmay, ambos em estreia na prova, sem esquecer os campeões olímpicos Iúri Leitão e Rui Oliveira.
Se Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) regressa ao Algarve para procurar o segundo triunfo, depois de se ter sagrado campeão em 2017, o bicampeão do Tour (2022 e 2023) vai estrear-se na única corrida portuguesa por etapas do circuito UCI ProSeries, com o primeiro frente a frente da época entre os dois antigos colegas, que será reeditado no Tour, a ser o principal aliciante da edição que está na estrada entre quarta-feira e domingo.
Na luta entre o tetracampeão da Vuelta e Vingegaard, que não compete desde agosto, pode intrometer-se João Almeida, recém-coroado vice-campeão da Volta à Comunidade Valenciana e a maior esperança portuguesa para um lugar de destaque na geral (será ele a envergar o dorsal número ‘1’), embora a sua UAE Emirates não seja, no papel, tão forte como o bloco da Visma-Lease a Bike, que inclui Kuss e Van Aert, ou mesmo o da INEOS.
Além de Thomas, que elegeu a ‘Algarvia’ para o seu périplo de despedida do pelotão – o campeão do Tour2018 ganhou a prova portuguesa em 2015 e 2016 -, a formação britânica traz a Portugal o italiano Filippo Ganna e o norueguês Tobias Foss, respetivamente segundo e quarto da geral em 2023, e o neerlandês Thymen Arensman, quinto no ano passado.
Com o campeão em título Remco Evenepoel ausente – sofreu um acidente enquanto treinava em dezembro e estará fora de competição até abril -, são vários os pretendentes a suceder ao belga, nomeadamente Tao Geoghegan Hart (Lidl-Trek), ainda longe da sua melhor versão depois da grave queda que sofreu no Giro2013, ou o jovem italiano Antonio Tiberi, o quinto classificado da última ‘corsa rosa’, que contará com o português Afonso Eulálio entre os companheiros da Bahrain Victorious.
E não faltarão ‘emigrantes’ nacionais nesta Volta ao Algarve, que promoverá o reencontro na estrada dos campeões olímpicos de madison Iúri Leitão (Caja Rural) e Rui Oliveira, que estará acompanhado do irmão Ivo e de António Morgado, vencedor no domingo da Clássica da Figueira, no ‘sete’ da UAE Emirates, numa participação ‘apadrinhada’ pelo veterano Rui Costa (EF Education-EasyPost), o mais consistente português na prova na última década - foi terceiro em 2014, quarto em 2020 e quinto em 2013 e 2012.
O elenco de luxo desta ‘Algarvia’, que inclui ainda o veterano Romain Bardet (Picnic PostNL), tal como Thomas também numa ‘tournée’ de despedida, estende-se aos candidatos às vitórias em etapas, como Van Aert, vencedor em Tavira no ano passado, Julian Alaphilippe (Tudor), Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) ou o promissor sprinter Arnaud De Lie (Lotto).
Comentários