O Belenenses entrou melhor na partida ao criar algumas situações de perigo junto da baliza de Bebé. Nestes instantes iniciais, Marcelinho esteve perto de inaugurar o marcador.
O Benfica conseguiu travar esta entrada “fulgurante” da equipa do Restelo equilibrando a partida. Arnaldo Pereira esteve em destaque nos primeiros minutos ao ser responsável por dois lances de maior perigo. Num remate fora da área, de primeira, após a marcação de um canto, o jogador português proporcionou uma das defesas da tarde ao guarda-redes do Belenenses, Marcão.
Aos 10 minutos o Belenenses já havia acumulado cinco faltas, como forma de travar o maior pendor ofensivo dos encarnados. Alípio Matos decidiu então pedir um tempo de desconto e a verdade que após esse momento, o Belenenses surgiu com outra dinâmica, não caindo no pecado de cometer uma sexta falta que desse origem a um livre de 10 metros e até chegava com maior perigo à área contrária.
Diego Sol aos 13 minutos teve nos pés o golo do Belenenses. O jogador brasileiro tentou um chapéu sobre o guarda-redes do Benfica, Bebé. A bola sobrevoou o guardião, mas Joel Queirós sobre a linha de golo evitou o tento inaugural. Pouco tempo depois, o mesmo Joel Queirós mostrou porque é um dos melhores pivots do campeonato nacional. O internacional português recebeu um passe atrasado de César Paulo, aos 18 minutos e rematou forte e rasteiro. Marcão fez-se à bola, mas não conseguiu evitar que esta entrasse.
O Belenenses não se intimidou e Paulo Henrique teve perto de empatar o encontro. Valeu a saída corajosa de Bebé que conseguiu segurar a bola. O jogo seguiu para o intervalo com o Benfica a vencer por 1-0, nuns primeiros 20 minutos marcados pelo equilíbrio
Já na segunda parte, a equipa de Alípio Matos fez o que lhe competia e entrou com o intuito de anular a desvantagem, contando para isso com a subida de Marcão, estratégia habitualmente usa pelo Belenenses. As quatro faltas acumuladas pelo Benfica nos primeiros quatro minutos são indício disso mesmo. Uma das jogadas mais perigosas dos azuis do Restelo foi da autoria do capitão de equipa, Jardel. O jogador português rodopiou bem sobre o adversário e rematou de pé direito para boa intervenção de Bebé.
O Benfica procurava explorar rápidas transições defesa/ataque, mas Joel Queirós mostrava-se muito perdulário. O pivot dispôs de várias oportunidades, frente a Marcão, para dilatar o resultado mas atirava invariavelmente ao lado.
Por outro lado, Sid estava em destaque no Belenenses na forma como distribuía o jogo, proporcionando várias situações de perigo. Mas foi num remate cruzado de Diego Sol que o Belenenses chegou ao empate. O brasileiro recebeu a bola na ala direita e aplicou um forte remate cruzado que contou ainda com um toque de Jardel para confirmar o golo do Belenenses. O golo motivou mais ainda a equipa de Alípio Matos que, carregada pelo apoio do público, dispôs de vários lances para “arrumar com a partida” definitivamente.
No entanto até ao apito final o empate não foi desfeito e a partida seguiu para prolongamento. Nesta fase, o jogo surgiu algo partido, com as duas formações a jogarem mais com o coração do que com a cabeça. Os lances de perigo surgiam nas duas áreas mas os tão ansiados golos não apareciam. O Belenenses dispôs ainda de dois livres de 10 metros, ocasiões soberanas para marcar, mas falhou redondamente neste capítulo.
Quando tudo se encaminhava para os penáltis, o Belenenses marcou o golo decisivo. A seis segundos do fim o Belenenses Marcelinho deu a vitória à equipa do Restelo, para gáudio dos adeptos azuis do Restelo.
Com este resultado, o Belenenses conquistou a taça de Portugal de futsal, o primeiro título na sua história.
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