O selecionador nacional de futsal, Jorge Braz, disse hoje que Portugal quer estar nas finais das grandes competições “de forma sustentada e contínua”, alertando para a necessidade de alargar e qualificar a base de praticantes.
Portugal sagrou-se campeão mundial de futsal pela primeira vez ao vencer, no domingo, a Argentina, por 2-1, na Lituânia, e a câmara municipal de Braga homenageou hoje os campeões ‘bracarenses’: Jorge Braz, residente na cidade, o treinador adjunto Pedro Palas, natural de Braga, e os jogadores do Sporting de Braga Vítor Hugo (guarda-redes), Fábio Cecílio e Tiago Brito.
“Não chega o que fizemos até aqui, temos que fazer mais se queremos continuar a ter este tipo de sucesso”, disse.
O treinador notou que “estar nas finais” é o “patamar” onde Portugal quer estar, mas de “forma sustentada”.
“Chegando ao final de cada grande competição, criamos a possibilidade de vencer. Mas queremos estar de forma sustentada e contínua. O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido permite-nos sonhar com isso, repetidamente. Vamos atrás da revalidação [do Europeu e do Mundial], mas temos que perceber que nem sempre vamos ganhar”, notou.
O técnico destacou a importância das vitórias da seleção para que os seus jogadores sejam “exemplos para que haja mais prática desportiva”, mas também a forma como se vence.
“Vencendo, mas como vencemos, e como nos comportamos no dia-a-dia nesse processo, assim é que conseguimos ser referências para os nossos meninos e meninas”, disse, frisando ainda a importância de aumentar as bases da prática para que “isto não seja geracional”.
Para isso, defendeu, deve “reorganizar-se a forma de ver o desporto nacional, aumentando o número de praticantes e qualificando esse aumento”.
“Espero que esta conquista ajude a alavancar e a incentivar que mais jovens pratiquem desporto e o futsal”, disse.
Jorge Braz, 49 anos, há cerca de 25 a viver em Braga, para onde veio lecionar Educação Física, agradeceu a receção à autarquia local, tendo notado que vive na cidade há mais anos do que em todas as outras.
“Sinto-me muito bracarense, sou um transmontano com muitas intromissões minhotas, o que enriquece a nossa forma de ser e de estar. É um enorme orgulho viver em Braga e queremos continuar a elevar o nome da cidade”, afirmou.
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