Jorge Braz, treinador da seleção nacional de futsal, é o rosto mais visível de uma equipa que se tornou campeã europeia da modalidade, após vencer a Espanha. Seis dias após a conquista do título, o técnico é cada vez mais abordado na rua, mas faz questão de sublinhar que o título não é apenas seu.
“O objetivo é a Seleção ganhar e o futsal nacional ganhar. Não é o Jorge Braz”, disse o técnico em entrevista ao jornal A Bola, acrescentando que “a missão do treinador é auxiliar os jogadores, ajudando-os a melhorar individualmente e coletivamente.”
Jorge Braz esteve sempre convicto de que o Europeu ia cair para o lado de Portugal por considerar que a equipa estava no momento de maturidade ideal, algo que, considera, não tinha acontecido no Mundial na Colômbia.
“Todo o grupo estava a sentir que, se havia momento em que podíamos alcançar algo, era este e isso esteve sempre muito claro entre nós”, afirmou Braz em declarações ao jornal Record.
O selecionador reconheceu, ao jornal A Bola, que “o dia de maior ansiedade foi o jogo com a Roménia, porque era o primeiro”, sublinhando que a prestação da equipa, a nível emocional e competitivo, foi subindo com o avançar da competição e que uma das chaves para o sucesso foi conter as emoções.
O técnico salientou que a união entre os jogadores mais experientes e os mais novos também pesou naquela que foi uma campanha histórica na Eslovénia.
“O Ricardinho, e os restantes capitães, estiveram sempre de braço estendido a ajudar e a não deixar os colegas irem abaixo. Esse papel foi fundamental para alavancar a equipa”, afirmou ao jornal O Jogo.
De personalidade reservada, Jorge Braz ficou feliz por ver os seus jogadores festejarem na chegada ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, sublinhando que esta conquista é importante para construir uma base importante para um futuro em que a seleção se mantenha sempre no topo, acrescentando que já existe uma nova geração de grande qualidade.
“Claramente que há uma nova geração a aparecer. Existem jogadores com potencial, vamos ver é se vão ter as oportunidades competitivas necessárias”, destacou o selecionador em entrevista ao jornal O Jogo.
O treinador de 45 anos revelou ainda ao jornal Record que a renovação de contrato até 2020, ano do Mundial, estava decidida antes da final do Europeu, deixando antever que a seleção quer estar na luta pelas medalhas pelo Campeonato do Mundo daqui a dois anos: “Temos obrigação de estar no Mundial e esse é o foco que nos move. E, no Mundial, somos fortes candidatos para ir lá para cima novamente. Temos de assumir-nos.”
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