A seleção portuguesa feminina de futsal está tranquila, mas determinada a conquistar o seu primeiro título europeu, na segunda edição da competição, que se disputa novamente em Gondomar, entre sexta-feira e domingo.
“Está tudo tranquilo. Muitas de nós estamos habituadas a jogos decisivos. Ansiosas no bom sentido da palavra, para finalmente entrarmos em campo e pôr em prática o que temos vindo a treinar”, disse Inês Fernandes.
A prova principia no multiusos de Gondomar às 17:00 com a Ucrânia a defrontar a campeã europeia Espanha, enquanto Portugal entra em campo às 21:30 ante a Hungria, repescada pelo facto da UEFA ter banido a Rússia das suas competições, pela invasão militar à Ucrânia, cuja participação chegou a estar em dúvida.
“A Hungria é impressionante fisicamente, com um modelo de jogo ‘3x1’ bastante simples, mas com muita verticalidade. As jogadoras vão usar muito a parte física do jogo, faz parte. Vamos tentar contrariar ao ter bola e ditar os ritmos de jogo. É uma equipa que tem tudo preparado para fazer a melhor prova possível, cabe-nos ser melhores na sexta-feira”, analisou.
Inês Fernandes garante que o grupo de trabalho luso está “ótimo”, com um conhecimento mútuo de “alguns anos” e com perto de 50 treinos esta época, pelo que o importante é aplicar em campo “as rotinas e identidade coletiva” do conjunto orientado por Luís Conceição.
A confiança no trabalho e na qualidade do grupo faz com que a jogadora portuguesa assuma a vontade reforçada de conquistar o título, porém recorda que as três seleções adversárias se apresentam em Gondomar com as mesmas “aspirações”.
“Há confiança máxima das equipas. Somos candidatas pela qualidade, pelo que temos demonstrado, mas sem nunca subestimar quem está do outro lado e quer ganhar tanto quanto nós. Temos é de quer mais ainda…”, vincou.
Ante a Ucrânia, Portugal tem oito vitórias e um parcial de 41-6 em golos, contudo o saldo é desfavorável ante a Espanha, com 11 êxitos, 10 empates e 19 derrotas (85-118), incluindo uma por 4-0 na final de 2019.
Para que tudo seja diferente, Inês Fernandes deixou o apelo ao público para que encha as bancadas e proporcione uma “força extra” à equipa, fundamental sobretudo para quando houver “cansaço mental ou físico”.
Esta prova bienal estava prevista para fevereiro de 2021, mas foi adiada por duas vezes, a primeira devido à pandemia e a segunda face à exclusão das seleções russas das competições tuteladas pela UEFA e a indefinição em torno da participação da Ucrânia, afetada pela ofensiva militar do seu vizinho.
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