O ex-presidente do Lisbon Sports Club Pedro Nunes Pedro vai candidatar-se à presidência da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), nas eleições de 07 de novembro, com o objetivo de servir, unir e desenvolver a modalidade em Portugal.

“Sinto que posso contribuir para o desenvolvimento do golfe em Portugal e que a minha experiência e conhecimentos podem ser fundamentais para dar ao golfe nacional o impulso que precisa”, começa por afirmar Nunes Pedro, em declarações à agência Lusa.

Reunindo uma equipa que, considera, “fantástica, empenhada, com ideias novas e disponível para servir o golfe português”, o gestor da área de comunicação e marketing considera que nos últimos anos a modalidade estagnou.

“Estagnação no crescimento do número de jogadores nacionais, falta de ambição e total ausência de estratégia. Não há um rumo para crescer. Ficámos parados no tempo do Jamor [Centro Nacional de Formação do Jamor] e pouco mais. Devíamos ter feito todos os esforços para que mais infraestruturas fossem construídas para a iniciação da prática do golfe, casos de ‘pitch & putt’, ‘driving ranges’. Houve um claro desinvestimento no desporto escolar e na formação de treinadores. Enfim, podem-se listar inúmeros projetos que foram abandonados ou que não foram sequer pensados”, aponta o candidato.

Lamentando “o tempo perdido”, o ex-presidente de um dos quatro clubes fundadores da FPG há 75 anos, a par do Oporto Golf Club, do Club Golf Miramar e do Clube de Golf do Estoril, acredita existir ainda “uma oportunidade para o desenvolvimento do golfe com mais jovens, sem preconceitos, unindo todos em vez de dividir e enfraquecer”.

“O golfe vive hoje um momento único a nível mundial que não pode ser desperdiçado. É essa a minha motivação para ser candidato à presidência da FPG. Quero servir o golfe nacional. Quero um golfe mais competitivo, quero que o golfe em Portugal seja de golfistas e não apenas para golfistas. Quero trabalhar muito em prol do golfe e ser o primeiro exemplo. Quero um golfe com mais visibilidade, com melhores resultados, com mais valor para todos”, avança.

Sob o lema ‘Juntos Somos Mais Golfe’, Pedro Nunes Pedro, de 59 anos, defende a necessidade de “uma nova ambição, uma nova energia, positiva e agregadora, capaz de mobilizar todos os intervenientes” em território nacional.

Apontando o dedo à ausência de “objetivos alcançados, quer em números de crescimento e de resultados desportivos, com os projetos implementados nos dois últimos mandatos, e oito anos é mais do que suficiente para se apresentar bons resultados e nada aconteceu”, o antigo capitão das seleções nacionais partilha as linhas orientadoras do seu programa, que defende ser “sólido, ambicioso, credível, profissional, rigoroso e a longo prazo”.

“São mais de 100 medidas concretas. Umas mais estratégicas e outras mais táticas, que vão desde a formação de treinadores à remuneração dos árbitros; desde a introdução do Open de Portugal de Senhoras à criação de uma Taça de Portugal de clubes para todos; desde o reforço do apoio ao ‘Pitch&Putt’ à criação de um circuito de Golfe Adaptado”, partilha.

Os pilares desta candidatura, que concorre com a lista do atual presidente da FPG Miguel Franco de Sousa, passam pelo “apoio aos clubes, a formação regular dos treinadores e restantes agentes desportivos, o desporto escolar, a criação de um gabinete especializado de apoio à construção de novas infraestruturas, a reestruturação do calendário desportivo, a implementação de mudanças significativas na alta competição e implementação de um ambicioso projeto para os escalões sub-14”.

Na lista às eleições aos órgãos sociais da FPG, Pedro Nunes Pedro tem a seu lado João Paulo Pinto, Jorge Carreira e Ricardo Martinho, como vice-presidentes, e Patrícia Brito e Cunha, Madalena Costa Macedo, Miguel Gaspar, Joana Trigoso e Francisco Teles Menezes, como vogais. Nuno Azevedo Neves é candidato a presidente da Mesa da Assembleia e João Augusto a líder do Conselho Fiscal.