Portugal perdeu por 1-0, com golo de ouro, frente à Argentina em jogo de meias-finais do Mundial de Hóquei em Patins disputado no pavilhão Multidesportivo de Luanda.
O resultado, que foi fortemente contestado pela equipa portuguesa, afasta Portugal da final frente à Espanha, parelha que já havia sido vaticinada por muitas equipas participantes na competição.
O Presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, Fernando Claro, interveio na conferência de imprensa para criticar a arbitragem.
«Este campeonato, o primeiro em África e em Angola, ficou manchado pela própria Federação Internacional», disse Fernando Claro, que acusa este órgão de «fazer turismo com a equipa de arbitragem, em vez de analisar o trabalho de cada jogo».
«É grave que um árbitro espanhol tenha vindo apitar este jogo», disse exaltado, lembrando ainda que já no jogo com a Itália «este árbitro havia cometido erros graves».
Claro foi duro nas palavras e, sem rodeios, acusou a Federação Internacional de não respeitar a modalidade e estar por isso «a dar cabo do hóquei» e que este é segundo mundial consecutivo em que Portugal é «prejudicado pela arbitragem».
Luís Sénica, seleccionador português e campeão europeu de clubes, não perdeu, no entanto a motivação: «O golo é limpo, não nos vão tirar do nosso caminho«, afirmou.
A história repete-se
Portugal viu um golo ser anulado a dois minutos do fim e sofreu já em tempo de compensação o golo da "morte", ficando assim pelo caminho o sonho de jogar uma final.
De recordar que esta é a segunda meia-final que a selecção lusa perde com a Argentina, o que dá um gozo especial aos latinos.
«Ganhar a Portugal tem o sabor de não conseguir tirar este sorriso», exclamou Carlos Chimino, capitão da equipa argentina.
«Foi Luis Sénica que me tornou jogador de novo, agradeço-lhe muito, respeito-o, mas merecemos ganhar», acrescentou o hoquista argentino.
Portugal vai defrontar o Chile neste sábado e pela segunda vez no campeonato, na atribuição dos terceiro e quarto lugares. Em jogo de fase de grupos Portugal ganhou ao Chile por 5-3 e espera vencer novamente, «desgastando o Chile, pois é aí que reside o seu ponto fraco», adiantou Sénica.
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