Rui Fernandes, treinador dos canoístas campeões do mundo em K2 500 metros, considerou hoje ímpar a dedicação e compromisso de João Ribeiro e Messias Baptista com os objetivos da equipa de trabalho.
“Estes dois atletas são fantásticos. Diferentes um do outro, mas trabalhadores natos e com uma educação acima da média. Respeitam o treinador como ninguém. São fantásticos. Não é por acaso que nos damos muito bem, estando juntos 24 sobre 24 horas. Sempre, nos momentos bons e nos menos bons. Sempre juntos e unidos. Sabemos que a união faz a força e sabem estar. Por isso conseguem chegar estes momentos e estar bem”, elogiou.
João, de 34 anos, e Messias, de 24, precisavam chegar nos seis da frente para garantir quota para Portugal em Paris2024, conseguindo-o com o título mundial nesta distância olímpica em 1.29,037 minutos, 47 milésimos de segundo mais rápido do que os húngaros Bence Nadas e Balint Kopasz, que levaram a prata.
“(O coração) sofreu bastante, mas está a trabalhar bem. É uma alegria enorme, só eu e eles sabemos o quanto trabalhámos e sofremos durante o ano. É uma alegria enorme sair daqui com um título mundial. Sabíamos que algo de bom estava para acontecer. Já ficaríamos satisfeitos com o apuramento olímpico, porém, sair com o título mundial também no bolso é tudo o que queríamos. Não há palavras, é um sonho indescritível”, desabafou.
Chegarem a Paris2024 como campeões do mundo “não significa” muito num evento em os oito primeiros deste Campeonato do Mundo terminaram no mesmo segundo.
“O K2 500 é uma prova muito competitiva, as diferenças são mínimas. É trabalhar duro, pensando sempre no melhor, e chegar aos Jogos e fazer o melhor que sabemos fazer, que é competir de igual para igual e depois lá vê-se”, disse.
Antes disso, João e Messias têm ainda de passar por testes que vão ditar qual a dupla que Portugal vai apresentar nos Jogos Olímpicos, uma vez que a vaga que conquistaram foi para o país.
A dupla participou ainda em K4 500, que ficou fora dos 18 melhores: quanto aos outros dois tripulantes, Kevin Santos ainda fez K1 200 e foi quarto, enquanto Emanuel Silva, que procurava a sexta presença olímpica, não fez outras provas.
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