Fernando Pimenta chegou a Szeged ostentando os títulos mundiais de K1 1000 e 5000, acabando por sair com a medalha de bronze em ambas as categorias: na distância mais curta, foi um dos cinco a garantir a presença no Japão.
Com as duas medalhas de Pimenta, Portugal ficou em 19.º no mundial que reuniu um recorde de 102 países e 1.300 canoístas.
Registando uma evolução assinalável na última época, destaque para o K4 500 de Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, primeiro com apuramento para a final e depois com o sexto lugar – classificavam sete para Tóquio -, a somente 15 centésimos da medalha de bronze.
Rui Fernandes, pegou na tripulação há um ano, e, garantido o êxito e dada a proximidade do pódio, o treinador assumiu que a medalha pode estar ao alcance desta tripulação.
Teresa Portela, que esteve focada no K4 500, voltou a competir na regada das medalhas de K1 200, a qual atingiu com excelente prova, contudo não conseguiu um dos cinco lugares para Tóquio.
O facto de três das cinco que a bateram terem conseguido ficar também no top cinco de K1 500, acaba por libertar vagas para a distância mais curta, o que beneficia Portugal: esse resultado deve ser homologado nos próximos dias.
Do lado negativo do desempenho luso, o K4 500 de Joana Vasconcelos, Teresa Portela, Francisca Laia e Francisca Carvalho, que nem à final B – na qual o primeiro e o segundo ainda aspiram a vaga – chegou, depois de uma dececionante nona posição na sua meia-final.
A C2 1000 dos jovens Marco Apura e Bruno Afonso também esteve aquém do seu potencial, ficando-se pelo oitavo lugar na sua semifinal: nas duas regatas disputadas, abdicaram do resultado sensivelmente a meio da prova.
O GNR Hélder Silva é especialista nos 200 metros na C1, acabando em oitavo a escassos 57 centésimos do quarto classificado, e em Szeged tentou o ‘impossível’ nos 1000 metros, acabando por ficar a um segundo de atingir as meias-finais.
Em maio de 2020, em Duisburgo, Alemanha, há vagas por disputar em K1 e K2, C1 e C2 e agora é tempo de a federação decidir a melhor estratégia para engrossar o lote de competidores para o Japão, com exigência menor do que os mundiais, face às quotas continentais: a Europa é, claramente, onde a canoagem é mais forte.
Na paracanoagem, destaque para Norberto Mourão, que se sagrou vice-campeão do Mundo em VL2 200 metros e vai estrear a modalidade dos Jogos Paralímpicos.
Floriano Jesus ficou a um lugar da final de KL1 e o jovem Hugo Costa, com apenas três anos de canoagem, foi à final B de KL2, devendo ambos tentar a sorte também em maio de 2020.
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