O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, entregou à congénere da Guiné-Bissau um conjunto de materiais desportivos, orçados e mais de sete mil euros, indicou à Lusa, Sérgio Mané, presidente da instituição guineense.
Os equipamentos destinam-se às federações de futebol, basquetebol, andebol, voleibol, luta, boxe e ténis, e constituem-se por bolas e diversos materiais de treino e competição, não são comercializáveis na Guiné-Bissau, precisou Mané.
Em declarações à Lusa, José Manuel Constantino afirmou que a oferta visou ajudar o Comité Olímpico da Guiné-Bissau a “superar as dificuldades, aumentar a prática desportiva e melhorar de qualidade” dos atletas.
O responsável português enalteceu ainda o papel do desporto na Guiné-Bissau, tendo sublinhando o facto de “vários atletas” nascidos no país africano terem tido êxito em Portugal em diferentes modalidades, mas com destaque para o futebol.
“A Guiné-Bissau, pese embora as dificuldades, foi sempre um país exportador de talentos desportivos, particularmente para Portugal e no futebol, tendo alguns, atingido posições de destaque nas equipas portuguesas”, disse José Manuel Constantino.
O dirigente luso deu o exemplo do antigo avançado Toni, campeão do mundo de futebol de sub-20, em 1991.
“Tive oportunidade de conhecer pessoalmente o Toni, que representou Portugal e o FC Porto, hoje é assessor do ministro do Desporto da Guiné-Bissau”, observou José Manuel Constantino para frisar a convicção de que “há talentos” no país africano.
“Há talentos, o que faltará, porventura, serão as condições de trabalho”, defendeu o presidente do COP.
Sobre o futuro das relações, que o presidente do Comité Olímpico guineense considera de “históricas e excelentes”, as duas entidades deverão assinar, possivelmente, no próximo ano, um protocolo para formação de quadros e técnicos do país africano.
Sérgio Mané quer avançar para um projeto com o qual irá “beber da experiencia de Portugal” para uma educação e divulgação dos valores olímpicos nas escolas guineenses.
Lembrou que no passado, Portugal sempre apoiou financeiramente as participações dos atletas guineenses nas competições olímpicas e ainda deu “toda assistência possível” aos responsáveis olímpicos da Guiné-Bissau, que se encontravam em Lisboa, aquando do conflito político-militar de 1998/99.
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