O piloto português Duarte Benavente disse hoje à Lusa ter expectativas altas para a quarta prova do Mundial de Fórmula 2, em motonáutica, que vai decorrer em 15 e 16 de setembro na albufeira da Pala, em Baião.

Vencedor da prova em outubro de 2017, Duarte Benavente, piloto da equipa F1 Atlantic Team, quer dar luta ao domínio do italiano Alberto Comparato (Comparato F2), que venceu duas das três provas do calendário - a terceira foi cancelada - do Mundial.

"As minhas expectativas, em termos de prova, são sempre altas porque estou num bom momento, muito competitivo depois de há duas semanas termos sido vice-campeões da Europa [no Grande Prémio da Lituânia, em 26 e 27 de maio], mas é sempre muito difícil", salientou o português.

Para além do facto de serem "31 barcos em prova" e ser "sempre muito competitiva", Duarte Benavente chamou a atenção para a particularidade de haver "cinco pilotos, esta época, que só fazem Fórmula 2", enfatizando que "um deles é o Alberto Comparato que ganhou as duas primeiras provas".

As dúvidas do português mantêm-se quando a pergunta é se o facto de correr em casa joga a favor de um piloto, respondendo ser "difícil de dizer, porque há sempre motivação para dar o máximo".

"A única vantagem é as pessoas que nos acompanham ao longo do ano sempre pela internet e pela televisão estarem, desta vez, ao nosso lado", salientou o piloto que se estreou na motonáutica em 1989.

Confessando não ter dentro do barco a perceção do apoio do público "tantas são as coisas" em que tem de "pensar e equacionar", prometeu no Grande Prémio de Portugal fazer o mesmo dos "últimos 30 anos: dar o máximo tentar chegar ao fim o melhor classificado possível".

E de uma prova em que "muita coisa faz a diferença dentro do barco", citou como exemplos a "experiência, a preparação do barco e a forma como é equilibrado", vincando serem barcos que "andam muito fora de água e o equilíbrio é fundamental".

Sobre a pista da Pala, considerou-a "fantástica" e disse "estar ao nível do que de melhor há no mundo", elogiando a água e o facto de o vento "ser certo, que não prega partidas".

"É uma pista rápida com rodagens também rápidas, onde não se perde muita velocidade e o barco se agarra muito à água. Tem os ingredientes que todos nós gostamos, que é andar depressa", sintetizou Duarte Benavente.

O Campeonato do Mundo de Motonáutica F2 é organizado pela Union Internationale Motonautique (UIM).

O Grande Prémio de Portugal, disputa-se pelo terceiro ano consecutivo no rio Douro, na Albufeira da Pala, em Baião, esperando a organização que seja seguido por milhares de pessoas no local.