A Federação Internacional de Escalada Desportiva (IFSC) vai reintegrar atletas russos e bielorrussos, a partir de 2024 e sob bandeira neutra, excluídos após fevereiro de 2022 devido à guerra na Ucrânia.
A escalada, que entrou no programa olímpico em Tóquio2020 e faz parte de Paris2024, junta-se a outras dez modalidades que seguiram a recomendação do Comité Olímpico Internacional (COI), em nome da não discriminação de atletas e da separação entre desporto e politica.
Mas, se a esgrima, o ciclismo ou o judo autorizaram de imediato o regresso de russos e bielorrussos, a IFSC apenas “iniciou um processo de reintegração” dos atletas dos dois países “a partir de 2024”, explica o organismo em comunicado.
Isso exigirá que os atletas russos e bielorrussos obtenham primeiro “uma licença neutra”, cujos termos de emissão e controlo “serão especificados posteriormente”, acrescenta o IFSC.
Esta decisão, após um mês de consultas, “não foi fácil de tomar”, sustenta o presidente da entidade, o italiano Marco Scolaris, reafirmando a “firme” condenação da invasão russa à Ucrânia e o apoio do IFSC à federação ucraniana.
“Também estamos cientes de que - tragicamente - mais de uma centena de conflitos armados estão ocorrendo no mundo”, continua, explicando que queria “encontrar um equilíbrio entre as diferentes posições e estabelecer um sistema que possa ser implementado de maneira justa no futuro”.
A reintegração dos russos e bielorrussos não significa que eles participarão das provas de escalada de Paris2024, mas permite-lhes continuar a sonhar com a conquista dos últimos bilhetes para os Jogos atribuídos durante as eliminatórias de março a junho de 2024.
Os atletas russos e bielorrussos estão excluídos dos campeonatos mundiais de escalada desportiva a realizar em agosto, em Berna, bem como das eliminatórias continentais agendadas para o outono.
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