O presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Farromba, assumiu hoje que quer ter a maior representação portuguesa em Jogos Olímpicos de Inverno em 2022 em Pequim.
“Espero que possamos ter a maior delegação de sempre daqui a quatro anos, com mais atletas, melhor preparados, é um trabalho que temos de começar a fazer já. Mas, sobretudo, com melhores resultados ainda dos que tivemos agora [em PyeongChang2018]”, afirmou à chegada a Lisboa.
Depois da participação na Coreia do Sul, Farromba, que foi, pela segunda vez consecutiva, chefe de missão, disse que a presença de Arthur Hanse (66.º no slalom gigante e 38.º no slalom) e Kequyen Lam (113.º nos 15km estilo livre de esqui de fundo) trouxe grande visibilidade para os desportos de inverno.
“Além da visibilidade que tivemos em Portugal, tivemos muita junto das comunidades portuguesas no estrangeiro. Temos tido contactos inúmeros, da França, Suíça e Canadá. Aliás vamos trabalhar muito com o Kequyen no Canadá. Acho que vamos conseguir nos próximos Jogos ter uma missão com mais atletas e a olhar para a classificação com outros olhos”, assumiu.
Pedro Farromba referiu que há “um conjunto de atletas identificados em Portugal, que residem em Portugal, mas treinam fora, e um conjunto de atletas identificados nas comunidades portuguesas, filhos de imigrantes em vários países”.
“Aquilo vamos continuar a fazer nestes quatro anos é prepará-los, criar as condições para trabalhem mais, obtenham melhores resultados, para que se possam qualificar para os Jogos Olímpicos”, disse.
O presidente da FDIP revelou ainda que está em curso a introdução do curling em Portugal, com a compra de uma pista de, que “não é em gelo”, mas “vai servir para Portugal para começar, pela primeira vez, a trabalhar” a modalidade.
“Ainda não sabemos [onde vai ser instalada a pista]. Ainda temos de definir. Em princípio a pista vai chegar durante o mês de abril ou maio e depois vamos ver onde a pomos. Seguramente vamos pô-la num sítio onde muita gente possa ter acesso, porque foi um dos maiores sucessos mediáticos [em PyeongChang2018]. A introdução do curling em Portugal vai ser um sucesso, porque há muita gente com vontade de praticar”, disse.
Para o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, ainda “há alguma coisa a fazer” nos desportos de inverno em Portugal, como “melhorar as condições no plano natural, particularmente na Serra da Estrela”.
“Procurar com agentes privados a possibilidade de instalar no país algumas infraestruturas que permitam o desenvolvimento das infraestruturas que permitam o desenvolvimento dos desportos de inverno, designadamente em pavilhão. Houve já alguns contactos entre a FDIP e potenciais interessados em investir em Portugal nesse domínio. Oxalá, as coisas se concretizem”, concluiu.
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