O presidente russo, Vladimir Putin, salientou hoje que a Rússia irá defender os seus atletas, mesmo em tribunal, quando o país tem vindo a ser acusado de doping institucionalizado e banido dos Jogos de inverno de 2018.
Na habitual conferência de imprensa anual, Putin disse ainda que a Rússia “cooperará” com a Agência Mundial antidopagem (AMA), “corrigindo os problemas que temos, mas também defendendo os interesses dos nossos atletas em tribunal”, referiu.
"Eu sei que muitas autoridades desportivas internacionais não querem, mas o que mais devemos fazer? Nós seremos obrigados a ajudar os nossos atletas para defenderem a sua honra e dignidade no tribunal", acrescentou o presidente russo.
A Rússia sempre rejeitou veementemente estas acusações, embora reconheça casos de doping de alguns atletas: "Também somos culpados, houve casos de doping comprovado no nosso país", admitiu Putin, acrescentando ser preciso dizer que “em outros países também existe."
Putin considera "óbvio" que estas acusações estão associadas às eleições presidências da Rússia agendadas para março de 2018, nas quais se vai candidatar a um quarto mandato.
O Comité Olímpico Internacional impediu a Rússia de participar nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang2018 e baniu vários atletas devido a doping nos Jogos de inverno de Sochi2014, com todos eles apresentaram recursos junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
Estas sanções seguiram-se à suspensão do Comité Olímpico Russo (ROC), na última semana, por implicação em casos de dopagem, e à proibição da participação da Rússia em PyeongChang2018.
Na terça-feira o organismo russo deu aval para que atletas do país possam competir com estatuto de neutros nos Jogos de PyeongChang, de 09 a 25 de fevereiro de 2018 na sequência das decisões.
“A opinião de todos que fazem parte foi unânime, que os nossos atletas precisam de estar na Coreia do Sul, de competirem e de ganharem”, disse então o presidente do Comité Olímpico Russo (ROC), Alexander Zhukov.
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