O britânico Kris Meeke (Citroen DS3) assumiu hoje o comando do Rali de Portugal logo após os primeiros quilómetros do dia e lidera a quinta prova do Campeonato do Mundo depois de cumpridas quatro especiais.
Depois de Sébastien Ogier (Volkswagen Polo) ter dominado a superespecial de abertura, na quinta-feira, Meeke destronou o campeão do mundo ao ser o mais rápido na segunda prova especial de classificação (PEC2), a primeira do dia, ganhando mais de cinco segundos ao francês no troço de Ponte de Lima.
O norte-irlandês, que regressa à competição após ausências no México e na Argentina, voltou a bater a concorrência na classificativa seguinte, em Caminha, e perdeu apenas para o finlandês Jari-Matti Latvala (VW Polo) na PEC4, em Viana no Castelo, concluindo a secção com uma vantagem de 11,5 segundos sobre Ogier, segundo classificado, e 14,6 face ao espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), terceiro.
Após uma manhã praticamente sem contratempos, em que se queixou apenas de um problema com a direção, depois de um forte impacto num sulco no início do quarto troço, Meeke está a surpreender os favoritos das equipas oficiais, nomeadamente Ogier, líder do Mundial.
Primeiro a partir, com a desvantagem de ter de ‘limpar’ a estrada, o francês não pareceu ressentir-se da sua posição: “Há mais aderência do que esperava, por isso nem sequer tenho a afinação mais correta”, disse Ogier, após a classificativa que abriu o dia, antes de os pilotos enfrentarem um piso muito mais escorregadio na seguinte.
“Muito traiçoeiro, muito escorregadio no início, como gelo, mas depois a aderência melhorou. Era muito imprevisível”, comentou Meeke, apesar de ter sido o mais rápido no troço, antes de perder o terceiro ‘scratch’ para Latvala, vencedor do Rali de Portugal de 2015, por apenas dois décimos de segundo.
Com Sordo na terceira posição, a assumir-se como melhor homem da Hyundai até agora, o estónio Ott Tanak (Ford Fiesta RS) e Latavla seguem em quarto e quinto, ambos a 19,9 segundos do britânico, enquanto o neozelandês Hayden Paddon (Hyundai i20) ocupa a sexta posição, a 22,9, e era um dos mais desiludidos ao final da manhã.
“O motor não está bem. Parece que não está a puxar”, queixou-se o vencedor do Rali da Argentina após a PEC2. “Não foi mau de todo, tendo em conta que temos um pequeno problema com o diferencial. É o suficiente para não conseguir equilibrar o carro”, acrescentou o segundo classificado do Mundial no final da secção matinal.
O norueguês Andreas Mikkelsen (VW Polo), a 24,2 segundos de Meeke, e o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), já a 40,8, são os que seguem na classificação.
Entre os portugueses, Miguel Campos (Skoda Fabia R5) é o mais bem posicionado, ocupando o 24.º lugar geral e o oitavo entre os WRC2, a 3.34,7 minutos do líder, depois de ter arrancado praticamente sem travões.
“O pedal ia até ao fundo. Viemos até aqui com muitas dificuldades, sobretudo nas partes rápidas”, afirmou Miguel Campos, que regressará ao parque de assistência, antes da segunda passagem nestas três classificativas, a partir das 15:39.
Ao final da tarde, a ‘Porto Street Stage’, especial-espetáculo de 1,85 km no centro da cidade Invicta, completa a segunda jornada da 50.ª edição do Rali de Portugal.
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