Pela primeira vez esta época os dois Mercedes foram batidos em pista e apenas um subiu ao pódio. No Grande Prémio de Fórmula 1 da Hungria no passado fim-de-semana, Nico Rosberg partiu da primeira posição da grelha mas acabou em 4.º, atrás do colega de equipa, Lewis Hamilton, que tinha partido do “pit lane”, depois de trocar o motor e a caixa de velocidade na qualificação. O inglês teve um incêndio no seu monolugar.
Os dois pilotos foram batidos pelo Red Bull de Daniel Ricciardo e pelo Ferrari de Fernando Alonso, numa prova espetacular, com duas entradas do Safety-car e chuva no início. Para piorar, o ambiente na Mercedes deteriorou-se ainda mais, entre Hamilton e Rosberg, com o inglês a desobedecer as ordens da equipa em deixar passar o alemão. Para Niki Lauda, a escuderia alemã entrou em pânico quando pediu a Hamilton para que deixasse passar Rosberg.
"A Mercedes está habituada a liderar e disputar a vitória entre si. Esta corrida, com a entrada do safety car no início e, em condições molhadas, foi uma corrida completamente diferente, então a cada minuto era preciso decidir algo diferente. Por isso, o pedido surgiu do pânico de recuperar o que estávamos a perder em pista", disse o presidente não executivo da Mercedes
Para o tricampeão de Fórmula 1, a decisão de Hamilton foi a mais correta.
"Hamilton fez o mais correto, a equipa não tinha nada que pedir para deixar Nico ultrapassá-lo por ter uma paragem a mais para fazer. Nico não esteve perto em qualquer momento para tentar a ultrapassagem. E a equipa não tem de transmitir estas ordens. Lewis fez bem em queixar-se", completou.
Nikki Lauda é mais um a juntar a sua voz aos críticos da decisão da Mercedes em pedir a Lewis Hamilton para “levantar” o pé e deixar passar o colega de equipa, numa altura em que os dois lutam pela liderança no mundial de pilotos.
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