Os inesperados problemas ocorridos nos dois carros da Volkswagen animaram hoje o arranque da terceira e última etapa do Rali de Portugal, mas o francês Sébastien Ogier, líder, parece já os ter resolvido.
Ogier, que no final da primeira especial do dia (Silves 1) tinha referido estar com um problema no carro (aparentemente embraiagem), permitiu que o finlandês Mikko Hirvonen (Citroen) recuperasse algum tempo e, dos 1.08,5 minutos de atraso, passasse para apenas 37,9 segundos.
Nesse troço, Hirvonen passou o seu compatriota Jari-Matti Latvala, segundo piloto da Volkswagen, que se debatia com problemas mais graves ao nível da transmissão do carro.
Com a longa especial de Almodovar pela frente (52,30 quilómetros), era grande a expectativa quanto ao comportamento dos carros da Volkswagen, mas, enquanto Latvala teve de percorrer o troço apenas com a tração traseira, Ogier parece ter resolvido de momento os problemas que o afetavam e ganhou mesmo 11,4 segundos ao nórdico, liderando a prova a duas especiais do fim com 49,3 segundos sobre Hirvonen.
Resta saber se a Volkswagen conseguirá recuperar totalmente os carros para as duas classificativas que faltam para terminar o rali, uma repetição dos troços da manhã, com destaque para Almodovar 2, cujos 52,30 quilómetros podem fazer muita mossa nos já desgastados pilotos e carros da prova, tendo ainda como aliciante a "powerstage", que atribui pontos extra para o campeonato mundial aos três primeiros.
Enquanto subsiste alguma incerteza quanto ao comportamento dos Volkswagen, principalmente o de Ogier, a luta pela vitória na "powerstage" terá de incluir ainda mais dois nomes, o do norueguês Mads Ostberg (Ford), vencedor das duas especiais já disputadas hoje e que hipotecou as suas aspirações no rali ao capotar na terceira especial, e o do espanhol Dani Sordo (Citroen), que, logo na primeira classificativa da segunda etapa, e depois ter estado virtualmente no comando da prova, saiu de estrada e apenas retomou hoje a prova em Rally 2.
Nos portugueses, Miguel Jorge Barbosa (Mitsubishi) arrancou hoje na posição de melhor luso, mas Bruno Magalhães (Peugeot), com um andamento muito superior, terminou esta primeira parte da etapa já na frente e com uma confortável vantagem de 1.14,2 minutos.
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