A Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) não aceitou, esta quarta-feira, a providência cautelar imposta pelo Clube de Rugby do Técnico, que pretendia impedir o início do campeonato português de râguebi, previsto para 08 de outubro.
O Técnico acusa a direção da FPR de encontrar um “estratagema” para despromover o clube “a todo o custo”, ao apressar-se “sem qualquer sentido ou independência, a não aceitar o pedido de revogação” da desfiliação da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST).
A 20 de abril, o Conselho de Disciplina da FPR considerou procedente um protesto do Centro Desportivo Universitário de Lisboa (CDUL) que alegava que o Técnico tinha utilizado nove jogadores de forma irregular no encontro entre as duas equipas, em 23 de março, infringindo o artigo 37.º, n.º 1 a) do Regulamento de Disciplina.
Dez dias depois, em 30 de abril, a direção da FPR decidiu aplicar a decisão do CD, após receber um recurso do Técnico, desclassificando os, então, ainda campeões nacionais e despromovendo-os ao último escalão competitivo português.
O Técnico recorreu para o Conselho de Justiça da FPR, que, em 06 de maio, considerou improcedente o recurso, num despacho em que revelava, ainda, que os 'engenheiros' teriam já recorrido da decisão também junto do TAD.
Em 18 de agosto, de acordo com informação avançada pelo Técnico, o TAD anulou as decisões da direção da FPR e do seu Conselho de Disciplina, mas o organismo que superintende a modalidade em Portugal anunciou, no mesmo dia, que "deverá recorrer" para as instâncias superiores.
O Técnico é um dos clubes históricos do râguebi português, tendo sido fundado em 1963.
Com sede nas Olaias, os 'engenheiros' somam, a nível sénior, três títulos de campeões nacionais (1981, 1998 e 2021), quatro Taças de Portugal (1969, 1971, 1973 e 1994) e uma Supertaça (1994).
Comentários