O australiano Lleyton Hewitt, antigo número um mundial, está no Estoril Open em ténis para ajudar o jovem compatriota Alex de Minaur, pelo qual vai sair, mais uma vez, da reforma.
O Open da Austrália de 2016 marcou a despedida do carismático jogador, mas Hewitt, de 37 anos, já ‘furou’ a reforma várias vezes para jogar torneios de pares, como vai acontecer agora na única prova portuguesa do circuito ATP.
“Tive muito boas informações sobre o torneio. Alguns dos meus jogadores da Taça Davis jogaram aqui nos últimos anos. Ouvi grandes coisas sobre o torneio. É bom estar aqui, obviamente para ajudar o Alex de Minaur, o que estou a fazer há algum tempo”, assumiu o também capitão da Austrália na Taça Davis.
Sobre o jovem tenista australiano, com quem vai fazer dupla, Hewitt considera que “é um jogador que está a aparecer, com grande talento e potencial”.
Assumindo que nunca se retirou verdadeiramente dos pares, lembrando a sua prestação no Open da Austrália, ao lado do amigo Sam Groth.
“Jogámos bastante bem, o que me surpreendeu. Para mim jogar com um miúdo como o Alex é especial e sei que significa muito para ele jogar comigo esta semana. Ele está baseado em Espanha e tem treinado bastante em terra batida. É um bom miúdo, gosto muito de trabalhar com ele, dizer-lhe as coisas por que passei, porque ele tem apenas 19 anos. Estive no circuito 20 anos e há muitas coisas que lhe posso passar”, referiu.
O ex-número um mundial acredita na nova geração que está a aparecer na Austrália, com Nick Kyrgios, que falhou a presença no Estoril Open por lesão, à cabeça, mas lembrou que são todos ainda muito jovens e com muito para aprender.
Lleyton Hewitt confessa que ainda se sente muito competitivo e que por isso vai continuar a jogar alguns torneios de pares, embora não lamente a sua retirada do circuito de singulares.
“Sentimos falta dos grandes torneios, jogar os ‘Grand Slam’ era algo especial. Mas jogar todas as semanas, que é algo que tens de fazer, em especial nos singulares, não é fácil. Queria estar com a minha mulher e filhos e o meu corpo também pedia [para parar]. Sinto-me muito melhor agora do que quando joguei o meu último Open da Austrália. Acho que mostrei isso agora quando joguei pares”, referiu.
Esta é a segunda passagem de Hewitt por Portugal, depois de, em 2000, se ter estreado num Masters em Lisboa, cidade que não teve muito tempo para visitar, por ter tido de viajar, mal foi eliminado, para Espanha, onde iria disputar a final da Taça Davis.
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