O tenista suíço Roger Federer igualou hoje o recorde de sete vitórias de Pete Sampras em Wimbledon, destruindo o sonho de Andy Murray se tornar o primeiro britânico a vencer a terceira prova em 76 anos.
Federer, que disputava a sua oitava final em Wimbledon e a 24.ª em torneios do Grand Slam (soma 17 cetros), venceu pelos parciais de 4-6, 7-5, 6-3, 6-4, juntando-se a Pete Sampras e William Renshaw (antes da era Open, ainda no século XIX), com sete troféus na relva londrina.
O tenista suíço, que, com este triunfo, destronou o sérvio Novak Djokovic na liderança do “ranking” ATP, é o terceiro homem com mais de 30 anos a vencer o torneio de Wimbledon, depois de Rod Laver em 1969 e Arthur Ashe em 1975.
Murray, de 25 anos, que apostava em ser o primeiro britânico a vencer em Wimbledon desde Fred Perry, em 1936, perdeu a quarta final de Grand Slam em que participou.
«Joguei, provavelmente, o meu melhor ténis do torneio. Sempre disse que rendia melhor em meias-finais e na final. É impressionante voltar a ganhar aqui depois de três anos, o sentimento é familiar», declarou Federer.
Roger Federer, que recebeu o troféu das mãos do Duque de Kent, depois de vencer o britânico em 3:24 horas, reconheceu que Sampras sempre foi o seu “herói”, mostrando-se ainda incrédulo com a conquista.
«É impressionante, Sampras foi o meu herói, ainda não acredito. A verdade é que nunca deixei de acreditar no meu ténis, durante o torneio tudo foi perfeito, é um sentimento mágico», sublinhou.
Por seu turno, o finalista Andy Murray assegurou, visivelmente emocionado e de lágrimas nos olhos, que está a aproximar-se «pouco a pouco» do título e que não deixará de tentar conquistá-lo.
«Tenho de agradecer todo o apoio ao público presente hoje. Falamos da pressão de jogar em Wimbledon e do duro que é, mas a realidade é que todos os espetadores fazem com que seja tudo mais fácil», declarou Murray.
Os dois jogadores disputaram um jogo de alto nível, que começou com sol durante dois “sets”, para terminar com a cobertura amovível do Central fechada devido à chuva.
Federer mostrou o seu ténis ofensivo, tomando todos os riscos para evitar longas trocas de bola do fundo court com o escocês.
Mais sólido no fundo do “court”, Murray venceu o primeiro “set”, mas após a interrupção pela chuva, quando Federer já tinha empatado, foi disputado um jogo interminável já no terceiro “set”, com perto de vinte minutos, no qual o britânico perdeu o seu serviço na sexta bola de “break”, depois de ter chegado a 40-0.
A experiencia do suíço, que disputava a sua 24.ª final de um torneio do Grand Slam, marcou a diferença no encontrou, depois do quarto da hierarquia mundial ter falhado uma bola de “break” no início do quarto “set”.
Federer, imperturbável, fez um “break” no quinto jogo, caminhando depois para a vitória final, após 3:24 horas.
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