nMarcelo Rebelo de Sousa surpreendeu ao aparecer esta quinta-feira para assistir aos jogos do Estoril Open em ténis. O Presidente da República marcou presença no evento pelo terceiro consecutivo mas desta vez preferiu ir para a bancada, em vez de ficar na zona VIP.
Marcelo surpreendeu tudo e todos ao dirigir-se para a bilheteira onde comprou um bilhete de 20 euros. Ainda foi convidado pelo diretor da prova, João Zilhão, para almoçar na zona VIP mas recusou, preferindo ficar na bancada, onde almoçou uma sandes de queijo e um sumo de ananás.
Na bancada, foi abordado por alguns turistas alemães e até comentou o encontro, num alemão fluente.
Conhecido fã de ténis e uma presença habitual no torneio ao longo dos anos, o chefe de Estado enfatizou mesmo a importância para Portugal de ter um tenista luso a progredir no quadro principal. E prometeu voltar caso o português João Sousa consiga apurar-se na sexta-feira para as meias-finais. Marcelo manifestou a sua esperança num grande ano do vimaranense, de 29 anos, no circuito mundial.
“Foi uma surpresa. Tive, de repente, um intervalo, porque falhou uma audiência e tinha uma hora e meia, duas horas, e decidi dar aqui um pulo, aproveitando a hora de almoço para ver o começo desta tarde de Estoril Open e com um português a avançar, o que é muito bom. Amanhã [sexta-feira], infelizmente, não posso vir, mas se ele avançar para as meias-finais cá estarei no sábado”, afirmou.
Rodeado de espetadores portugueses e estrangeiros que procuravam tirar uma fotografia com o Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa comprou bilhetes para assistir ao encontro e, já na bancada, ‘almoçou’ um sumo de ananás e uma sandes de queijo
Marcelo confessou ter ficado “dividido” no embate da véspera entre João Sousa e Pedro Sousa, que caiu a favor do primeiro ao fim de duas horas e 26 minutos de jogo no Court Central.
“Ontem [quarta-feira] queria vir ver o João contra o Pedro Sousa, mas estava no Porto e era impossível. Vi depois gravado quando cheguei a casa. Foi espetacular, porque o João está a jogar muito bem, mas o Pedro superou-se. Gosto muito dos dois. Por um lado, achava que o Pedro merecia ganhar em certas fases do encontro, mas, por outro lado, dava mais jeito que fosse o João, porque em termos internacionais, e de carreira dele, o reflexo em Portugal era muito grande”, afirmou.
O Presidente da República sublinhou que este “promete ser” o ano de João Sousa, mas apelou à moderação da pressão colocada sobre os ombros do número um português.
“Não coloquemos pressão a mais sobre ele, porque depois a pressão a mais no começo de um ano pode ser contraproducente, embora ele aguente todas as pressões. Está, de facto, em muito boa forma: física, intelectual e de resultados”, observou, acrescentando: “É muito importante [ter um português a avançar]. Significa, de facto, Portugal no topo do ténis mundial e ele tem correspondido e ultrapassado todas as expectativas”.
Sobre as suas impressões para o resto do torneio no Clube de Ténis do Estoril, Marcelo Rebelo de Sousa vincou que a “ponta final é muito inesperada” e recordou os anos em que passou pelos estádios dos maiores torneios do ‘Grand Slam’.
“Agora não tenho tempo, mas quando tinha tempo para acompanhar o ténis fui a vários Masters, a Roland Garros, Flushing Meadows e Wimbledon e assisti ao que era, de facto, a imprevisibilidade. Um dia muito bom faz a diferença em relação a um dia menos bom. Nem é preciso ser um dia mau quando se trata de jogadores do melhor que há no mundo”, concluiu.
O Presidente da República assistiu ao início do primeiro encontro do dia, entre o espanhol Roberto Carballes Baena e o britânico Cameron Norrie, tendo saído no final do primeiro ‘set’.
Antes de voltar ao Palácio de Balém, Marcelo Rebelo de Sousa teve ainda tempo para ir ao ‘players lounge’, onde tirou fotos com João Sousa, Pedro Sousa e Gastão Elias, que hoje jogam pares, além de ter também posado ao lado do australiano Lleyton Hewitt, antigo número um mundial.
*Artigo atualizado às 14h05
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