O tenista sérvio Novak Djokovic ‘arrasou’ hoje em três ‘sets’ sem história o espanhol Rafael Nadal e coroou-se ‘rei’ do Open da Austrália, ao somar o sétimo título, em outras tantas finais.

Djokovic deixou para trás o australiano Roy Emerson e o suíço Roger Federer, ambos campeões por seis vezes em Melbourne Park, com uma exibição irrepreensível, vencendo por 6-3, 6-2 e 6-3, em duas horas e quatro minutos que foram um verdadeiro ‘monólogo’.

Perante um Nadal muito longe do seu melhor nível, que deu sempre a sensação de não ser capaz sequer de incomodar, o líder do ‘ranking’ mundial quase não cometeu erros e, quando isso aconteceu, teve sempre uma reação à altura.

Djokovic, que em 2012 tinha necessitado de cinco ‘sets’ para bater o espanhol na final, só teve de enfrentar um ponto de ‘break’, no sexto jogo do terceiro ‘set’, numa altura em que já estava mais do que ‘embalado’ para o triunfo.

O sérvio acabou por ter uma final parecida com a de 2011, ano em que ‘varreu’ por 6-4, 6-2 e 6-3 o britânico Andy Murray, que lhe deu bem mais luta nas finais de 2013, 2015 e 2016. Na primeira, em 2008, bateu o francês Jo-Wilfried Tsonga.

Além dos seis títulos na Austrália, Djokovic conta um em Roland Garros, quatro em Wimbledon e três no Open dos Estados Unidos, para um total de 15 no ‘Grand Slam’, que o deixam isolado no terceiro posto, um à frente do norte-americano Pete Sampras.

À sua frente, o sérvio, de 31 anos, já só tem o suíço Roger Federer, que conta 20, e o seu adversário de hoje, Rafael Nadal, vencedor de 17, um deles na Austrália, onde triunfou em 2009 e também já tinha perdido as finais de 2012, 2014 e 2017.

O espanhol ganhou a grande maioria dos seus troféus nos internacionais de França, onde, em 2019, Djokovic vai chegar com a possibilidade de somar o quarto ‘Grand Slam’ consecutivo, pois fechou 2018 com os triunfos em Wimbledon e no US Open.

“Tive de passar por uma cirurgia há 12 meses e estar hoje aqui, depois de vencer consecutivamente três torneios do ‘Grand Slam’ é extraordinário. Estou sem palavras”, disse o sérvio, na cerimónia de entrega dos prémios, ainda no ‘court’.

Na final de hoje, o sérvio comandou de princípio ao fim, dominando completamente os seus jogos de serviço e colocando sempre em causa os do espanhol, que perdeu logo o primeiro.

Djokovic, que começou a servir, arrancou para 3-0 e, depois, controlou o ‘set’ até ao final, para fechar com 6-3, sem nunca passar por problemas nos seus jogos de serviço.

No segundo ‘set’, Nadal ainda conseguiu vencer os seus dois primeiros jogos de serviço e liderar por 1-0 e 2-1, mas acabou por ceder no quinto jogo. Sofreu mais um ‘break’ no sétimo e acabou derrotado por 6-2.

O terceiro parcial voltou a arrancar com o espanhol a manter o seu serviço, mas o sérvio quebrou-o logo no terceiro jogo. Ao sexto, com 3-2, ainda enfrentou um ‘break point’, mas salvou-o e acabou por vencer sem problemas por 6-3.

“Vou continuar a lutar para voltar e ter novas oportunidades. Ganhei uma vez aqui, mas não mais o conseguiu, ou pelas lesões, ou pelos adversários, como hoje. Muitos parabéns ao Djokovic, que fez uma exibição extraordinária”, reconheceu Nadal.