A norte-americana Serena Williams e o sérvio Novak Djokovic conquistaram hoje mais uma vitória e rumaram aos oitavos de final do Open da Austrália em ténis, numa jornada em que o português João Sousa perdeu com Kei Nishikori.
O vimaranense, número um nacional e 44.º colocado do 'ranking' ATP, enfrentava um duro teste na terceira ronda do primeiro 'major' da temporada e não foi capaz de superar o japonês, que sentenciou o acesso aos oitavos de final em três 'sets', pelos parciais de 7-6 (8-6), 6-1 e 6-2, em pouco mais de duas horas de encontro.
Depois de um primeiro parcial equilibrado, João Sousa quebrou de rendimento, acusou o desgaste físico e chegou a pedir assistência médica em 'court', com queixas na zona da anca esquerda. Nishikori (nono ATP), embora tenha jogado 10 partidas para alcançar a terceira ronda, à semelhança do minhoto, manteve o ritmo intenso e conseguiu marcar encontro com o espanhol Pablo Carreño Busta nos oitavos de final.
"Está tudo a correr bem. Tive uma boa pré-época, ganhei Brisbane, foi um bom começo de temporada. Hoje, fechei em três bons 'sets', estou a jogar bom ténis e estou muito ansioso pela próxima semana", comentou Nishikori, três vezes quarto finalista em Melbourne Park.
Apesar da despedida, pela terceira vez na terceira ronda, depois de 2015 e 2016, João Sousa ganhou o regresso ao top-40 do 'ranking' mundial, graças aos 90 pontos amealhados, e 135 mil euros em prémios monetários. No domingo, volta ao 'court' para, com Leonardo Mayer, disputar o acesso aos quartos de final da competição de pares com a dupla Maximo Gonzalez/Nicolas Jarry.
Jornada bem diferente viveu Novak Djokovic. Frente ao jovem canadiano Denis Shapovalov, de 19 anos, o sérvio e hexacampeão do 'major' australiano não só alcançou a qualificação para os oitavos de final (6-3, 6-4, 4-6 e 6-0), como assegurou a manutenção da liderança do 'ranking', que, em caso de derrota na terceira jornada e vitória de Rafael Nadal no Open, passaria para as mãos do espanhol.
Embora tenha perdido cinco jogos consecutivos no terceiro 'set', Djokovic conseguiu eliminar o esquerdino e 25.º cabeça de série em pouco mais de duas horas e 20 minutos, agendando encontro com o russo Daniil Medvedev na próxima ronda.
"Tentei manter-me focado e controlar a tempestade [aludindo à intensidade do adversário]. O Denis jogou bem até ao final do terceiro 'set'. Ele mostrou alguma qualidade e o porquê de ser um dos jogadores a ter em conta no futuro", disse o sérvio, que está em Melboune Park à procura do sétimo título do Open da Austrália e 15.º 'Grand Slam' da carreira.
Na competição feminina, Serena Williams voltou a não dar qualquer hipótese à adversária, desta feita a jovem ucraniana Dayana Yastremska, de 18 anos, que ainda nem era nascida quando a norte-americana venceu o primeiro dos seus 23 títulos do 'Grand Slam', no US Open, em 1999.
Em pouco mais de uma hora, a 16.ª colocada do 'ranking' WTA assinou oito 'ases' e 20 'winners', contra uma dupla falta e 13 erros não forçados, para eliminar Yastremska, que, nervosa, iniciou o encontro com uma dupla falta, para um total de oito, seguida de 26 erros não forçados face a apenas 14 pontos ganhantes.
"Estou a encarar encontro a encontro, mas estou a esforçar-me o máximo que posso, o melhor que consigo e adoro isto", disse Serena Williams, depois de consolar a adversária em lágrimas junto à rede: "Foste incrível. Não chores. Estiveste muito bem."
Serena Williams, de 37 anos, vai agora discutir o acesso aos quartos de final com a romena e líder do 'ranking' WTA, Simona Halep, que bateu a sua irmã Venus Williams, por 6-2 e 6-3, rumo aos oitavos de final.
"Sinceramente gostava de defrontar a número um do mundo, mas, ao mesmo tempo, gostava de ver a Venus vencer. Não jogo contra a número um mundial desde que regressei à competição [em março de 2018, em Indian Wells, após ausência por maternidade]. Será bom, estarei pronta para qualquer adversária", comentava antes de saber da vitória de Halep.
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