Sorana Cirstea reacendeu uma discussão já velha no ténis feminino sobre o que conta mais na altura dos contratos: talento ou beleza. Numa conversa ao podcast 'La Fileu', a tenista romena de 32 anos contou como a sua fisionomia foi mais importante para angariar patrocinadores que os seus resultados nos cortes.
"Lembro-me da altura em que tinha contrato com a Adidas. Diziam-me que eu era bonita e que isso era mais importante do que ser número um do Mundo. 'É mais vantajoso [em termos de contrato] ser top20 e bonita do que ser uma número 1 e mais feia', diziam-me. Têm as cotas deles, é o mercado a funcionar", contou a tenista romena.
"Quando és top 10 ou 20 todos te veem na mesma. Estás lá todas as semanas, 24 horas por dia. E se és bonita, apareces e chamas mais à atenção. Isto é um negócio que temos de compreender. Há países em que as jogadoras são mais bem pagas. As tenistas mais ricas são norte-americanas, japonesas ou chinesas. Veja-se bem o caso da Osaka [n.d.r. japonesa]. As britânicas recebem também, tal como as espanholas também", disse, ela que chegou a ser 21.ª do ranking WTA em 2013.
Falando ainda da sua carreira, Sorana Cirstea revelou que a norte-americana Serena Williams era a jogador que mais a intimidava.
"Ela costumava intimidar-me muito. Ela foi treinada para fazer isso, para te intimidar no balneário. Em primeiro lugar, Serena não falava com ninguém, com nenhum outro jogador. Temos um balneário partilhado e é um pouco estranho, no começo, quando vês alguém na televisão e depois vais jogar contra eles. No balneário, ela não falava com ninguém e ela tinha uma aura que te intimidava", recordou a romena de 32 anos.
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