O grego Stefanos Tsitsipas vai estrear-se numa final do Grand Slam em Roland Garros, frente ao sérvio Novak Djokovic, que hoje destronou Rafael Nadal na ‘catedral’ da terra batida parisiense, onde o espanhol procurava o 14.º troféu da carreira.
Num duelo muito intenso que se prolongou durante quatro horas e 11 minutos, o número um mundial, de 34 anos, conseguiu levar a melhor diante o esquerdino de Manacor, número três do mundo, em quatro renhidos ‘sets’, com os parciais de 3-6, 6-3, 7-6 e 6-2.
Depois de atingir uma vantagem de 5-0 e a vitória no primeiro ‘set’, Nadal permitiu a recuperação do adversário que, contra todas as probabilidades de quem havia perdido sete vezes diante do espanhol no pó de tijolo francês, conseguiu colocar-se em vantagem no marcador, ao ganhar as duas partidas seguintes.
No quatro ‘set’, o campeão de Roland Garros de 2016 voltou a não entrar bem (0-2), mas fez seis jogos consecutivos e encerrou a discussão pela qualificação para a final, colocando um ponto final nas pretensões de Nadal, que perdeu apenas pela terceira vez em Paris – mas apenas duas em campo -, a conquistar o 21.º título do Grand Slam.
“Foi decididamente o encontro mais bonito que joguei em Paris”, comentou no ‘court’ o detentor de 18 ‘majors’, que vai defrontar na final de domingo Stefanos Tsitsipas.
Naquela que foi a primeira meia-final masculina de singulares do dia, dois jovens tenistas, Stefanos Tsitsipas, de 22 anos, e Alexander Zverev, de 24 anos, lutavam por uma vaga inédita na final do ‘major’ francês, que acabou por sorrir ao grego.
Num encontro bem disputado, o número cinco mundial e semifinalista de Roland Garros de 2020 conseguiu superar o alemão, sexto colocado na hierarquia mundial, em cinco partidas, depois de ter alcançado uma vantagem de dois ‘sets’ a zero, pelos parciais de 6-3, 6-3, 4-6, 4-6 e 6-3, ao fim de três horas e 37 minutos.
Graças ao triunfo ante o campeão do Masters 1.000 de Madrid, ao converter o quinto ‘match point’, Tsitsipas, vencedor do Masters.1000 de Monte Carlo, apurou-se, pela primeira vez na carreira, para uma final de um torneio do Grand Slam, a primeira da história de um tenista grego.
“Só consigo pensar nas minhas origens. Sou de uma terra pequena dos arredores de Atenas. O meu sonho era jogar aqui e nunca pensei alcançá-lo. Havia muitas pessoas a apoiar-me no meu país e estou muito feliz pela Grécia agora fazer parte da comunidade do ténis. A Maria [Sakari, eliminada nas meias-finais femininas] e eu temos feito um bom trabalho para elevar o desporto e manter o ténis grego vivo”, avançou ainda em ‘court’ Stefanos Tsitsipas.
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