O espanhol Rafael Nadal fez jus sexta-feira ao estatuto de número 1 mundial e qualificou-se para a final do Open dos Estados Unidos, ao bater de forma concludente o argentino Juan Martin Del Potro.
O maiorquino, que vai disputar a sua 23.ª final do ‘Grand Slam’ face ao sul-africano Kevin Anderson, perdeu o primeiro ‘set’ por 6-4, com algum azar, mas, depois, respondeu à campeão, vencendo o segundo por 6-0, o terceiro por 6-3 e o quarto por 6-2.
Em duas horas e 31 minutos, Nadal afastou o ‘carrasco’ do suíço Roger Federer e ficou a um triunfo do seu terceiro título no US Open, prova em que ganhou as finais de 2010 e 2013 e perdeu a de 2011, sempre face ao sérvio Novak Djokovic.
Numa época em que começou por perder a final do Open da Austrália, para Federer, e depois somou o 10.º título em Roland Garros, o espanhol nem entrou bem no encontro, concedendo um ponto de ‘break’ no terceiro jogo e outro no quinto – seriam os únicos.
Nadal salvou o primeiro, mas teve azar no segundo, já que, na resposta ao seu serviço, Del Potro fez a bola bater na rede e cair ‘morta’ para o outro lado. Passou a vencer por 3-2 e soube segurar a vantagem até final do ‘set’, para vencer por 6-4.
O espanhol respondeu, porém, de forma magnífica e começou a jogar um ténis de alto nível, que se traduziu em nove jogos consecutivos, incluindo quatro ‘breaks’, perante a impotência do jogador argentino.
O líder do ‘ranking’ mundial venceu, assim, o segundo ‘set’ por 6-0 e adiantou-se no terceiro por 3-0, vantagem que nunca mais perdeu, sendo que ganhou o parcial por 6-3, depois de ter desperdiçado dois ‘breaks’ para fazer o 6-2.
Del Potro ainda começou a vencer o quarto ‘set’, segurando o seu serviço, mas Nadal, imparável, ripostou com quatro jogos consecutivos, colocando-se com dois ‘breaks’ de avanço. Era uma questão de tempo e o maiorquino acabou por ganhar por 6-2.
Na primeira meia-final, o espanhol Pablo Carreño-Busta, 19.º jogador mundial, também ganhou o primeiro ‘set’, por 6-4, mas o sul-africano Kevin Anderson, 32.º, respondeu nos seguintes, triunfando por 7-5, 6-3 e 6-4.
Anderson, de 2,03 metros, tornou-se, assim, o jogador com pior ‘ranking’ a atingir a final do US Open, sendo que o faz aos 31 anos e depois de nunca ter conseguido alcançar sequer uma meia-final de um torneio do ‘Grand Slam’.
“Estou no sétimo céu. Há nove meses, disseram-me que devia ser operado a uma anca e, agora, estou na final de um dos maiores torneios do Mundo”, afirmou o primeiro sul-africano a atingir a final de um torneio do ‘Grand Slam’.
O sul-africano beneficiou também de ter ficado na parte do quadro que perdeu, antes de começar, Novak Djokovic, Andy Murray e Stan Wawrinka, mais Marin Cilic, Alexander Zverev e Grigor Dimitroc, que cedo foram eliminados.
Numa meia-final decidida em pormenores, o vencedor da edição 2017 do Estoril Open venceu o primeiro parcial por 6-4, ao aproveitar o único ponto de ‘break’ do ‘set’, ao sétimo jogo.
No segundo, Anderson fez o ‘break’ ao quarto jogo, teve resposta no quinto, mas voltou a fazê-lo no 12.º, evitando o ‘tie-break’ e vencendo por 7-5.
Os dois últimos parciais foram, como o primeiro, resolvidos por apenas uma quebra de serviço, que o sul-africano conseguiu no quarto jogo do terceiro ‘set’, para vencer por 6-3, e no quinto jogo do quarto ‘set’, fechando o encontro com 6-4.
Para Anderson, segue-se agora o encontro mais importante da sua carreira, face a Rafael Nadal, jogador que enfrentou quatro vezes, nunca conseguindo vencer. O quinto duelo está marcado para domingo, no Arthur Ashe Stadium, em Flushing Meadows.
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