O número um mundial de ténis igualou, em Wimbledon, o recorde de 20 títulos do Grand Slam dos seus maiores rivais e, em Flushing Meadows, entre 30 de agosto e 12 de setembro, vai aproveitar para tentar escrever nova página na história do ténis mundial, superando o helvético, de 40 anos, e o esquerdino de Manacor, ambos a par com problemas físicos.
O sérvio poderá ser também o primeiro a conseguir um Grand Slam de temporada, desde 1969, quando o australiano Rod Laver venceu os quatro ‘majors’ no mesmo ano civil.
Enquanto o espanhol, de 35 anos, e número cinco mundial anunciou há uma semana que não joga mais esta temporada, devido a uma lesão no pé direito, Roger Federer comunicou que vai submeter-se a nova cirurgia ao joelho direito e terá pela frente “muitas semanas de muletas” e “muitos meses de paragem”.
O sérvio, de 34 anos, após ganhar os três ‘majors’ esta época, Open da Austrália, Roland Garros e Wimbledon, terá assim como principais opositores o russo Daniil Medvedev, segundo na hierarquia mundial e vice-campeão no Arthur Ashe Stadium em 2019, o grego Stefanos Tsitsipas, vice-campeão de Roland Garros, e o germânico Alexander Zverev.
Numa competição marcada igualmente pela ausência do campeão em título, Dominic Thiem, a debelar uma mazela no pulso direito, Medvedev, que partilha a mesma metade do quadro com Tsitsipas, já mostrou ter jogo para discutir o troféu norte-americano e nas últimas duas edições só perdeu para os vencedores, Rafael Nadal, em cinco ‘sets’, e diante o austríaco, nas meias-finais de 2020, em três renhidas partidas.
Tal como Medvedev, vice-campeão do Open da Austrália e detentor de três títulos esta época, alcançados em Marselha, Maiorca e no Masters 1.000 de Toronto, o jovem helénico, de 23 anos e número três mundial apresenta-se em Flushing Meadows em boa forma e como um dos fortes candidatos.
O vice-campeão de Roland Garros já ganhou, este ano, o primeiro Masters 1.000 da carreira em Monte Carlo e o ATP 250 de Lyon, e disputou as finais do ATP 500 de Acapuldo e de Barcelona, além das meias-finais do Open da Austrália, do ATP 500 de Roterdão e dos Masters 1.000 de Toronto e Cincinnati, onde só perdeu ante Zverev.
Tão favorito como Medvedev e Tsitsipas, o germânico, de 24 anos, é o jogador mais bem-sucedido da temporada, a par de Djokovic, com triunfos no ATP 500 de Acapulco, Masters 1.000 de Madrid e Cincinnati, este último depois da conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Tendo nessa ocasião derrotado Djokovic na semifinal.
Na prova feminina, igualmente marcada por ausências de vulto, como a da Serena Williams, seis vezes campeã em Nova Iorque, que padece de uma rutura muscular na coxa, e faz com que seja a primeira vez nos últimos 24 anos que um ‘major’ não conte com Federer, Nadal ou a norte-americana, a australiana Ashleigh Barty é a principal candidata a erguer o troféu.
A número um mundial, campeã de Roland Garros, em 2019, e recentemente de Wimbledon, terá como primeira adversária a russa Vera Zvonareva, finalista no Arthur Ashe Stadium, em 2010, e poderá encontrar nos quartos de final a polaca Iga Swiatek (8.ª WTA), numa metade do quadro que inclui ainda Belinda Bencic, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, e Jil Teichman, finalista em Cincinnati.
Já a bielorrussa Aryna Sabalenka, número dois na hierarquia WTA, de 23 anos, deverá enfrentar uma missão mais complicada, já que está na mesma metade do quadro da japonesa Naomi Osaka (3.ª WTA), a defender o segundo título do Open dos Estados Unidos (2018 e 2020), a ucraniana Elina Svitolina (6.ª WTA), a checa Barbora Krejcikova (9.ª WTA) e a bielorrussa Victoria Azarenka (19.ª WTA), três vezes vice-campeã em Nova Iorque (2012, 2013 e 2020).
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