A velejadora Vasileia Karachaliou ficou hoje em quarto lugar na ‘medal race’ de ILCA 6 dos Mundiais, contudo o bom desempenho na regata não foi suficiente para a representante lusa melhorar o oitavo posto final em Haia.

Vasileia, que compete por Portugal mediante uma autorização especial da Federação Internacional de Vela (World Sailing), e que no sábado garantiu para o país a vaga olímpica nesta classe, aspirava, em cenário ideal, ascender até à sexta posição na prova que pontua a dobrar.

O problema é que a sueca Josefin Olsson e a belga Emma Plasschaert, as duas rivais que poderia ultrapassar, foram, respetivamente, primeira e segunda classificadas, gorando-se assim o efeito da sua boa atuação.

A regata ficou marcada por uma quase total ausência de vento, facto que levou a que, em vários momentos, as embarcações estivessem praticamente estáticas na água. Em desespero, algumas velejadoras tiveram ações técnicas que acabaram penalizadas, com uma volta da embarcação sobre si própria.

No fim, a húngara Maria Erdi sagrou-se campeã do mundo, com 75 pontos, seguida da suíça Maud Jayet, com 79, e da dinamarquesa Anne-Marie Rindom, com 81, enquanto Vasileia concluiu com 114.

A vice-campeã da Europa deste ano aguarda pelo processo de naturalização que, se não estiver concluído até março, fará com que Portugal perca a vaga na classe nos Jogos Olímpicos, que assim será entregue a outro país.

Portugal teve uma outra ‘medal race’ em Haia, nomeadamente a da classe 470, com Diogo Costa e Carolina João a conseguiram o 10.º lugar, posição com que ficaram no final da competição.

Os Mundiais de vela, que hoje terminaram, reuniram cerca de 1.400 velejadores de 81 nações em Haia.

Na capital dos Países Baixos começou a qualificação para Paris2024, sendo que, posteriormente, há um período de repescagem europeu – datas e locais distintos para as diferentes classes –, antes de um último evento, mundial, em França, para atribuição dos derradeiros ingressos.