O presidente da Federação Portuguesa de Vela, Mário Quina, assumiu hoje que seria "bom” poder contar com Vasileia Karachaliou nos Jogos Olímpicos, contudo recorda que a instituição nada tem a ver com o processo de naturalização da grega.

“Como é obvio, é excelente velejadora. Na classe ILCA 6 não temos ninguém em Portugal do nível dela. Já deu formação a velejadores portugueses que treinaram com ela e fartaram-se de aprender, e isso já é positivo. Não temos ninguém em ILCA 6 em condições de ir aos Jogos. Era bom, era bom, mas temos de aguardar serenamente e é isso que vamos fazer”, disse, em declarações à Lusa.

Vasileia Karachaliou tem competido por Portugal, ao abrigo de uma autorização especial da Federação Internacional de Vela (World Sailing), tendo conseguido no sábado, nos Mundiais de Haia, vaga olímpica para o país, contudo se não tiver a naturalização consumada até março, esse lugar vai para outra nação.

“Achamos que é uma excelente velejadora e que não é caso único no desporto haver atletas que querem competir por Portugal. Aguardamos a decisão de quem de direito”, disse o dirigente.

Mário Quina recordou que a atleta veio competir pelo Clube Naval de Cascais, que é quem está a tratar do processo.

“A Vasileia garantiu o lugar até março. Até lá fica guardado para Portugal. Se não conseguir a naturalização até essa data, infelizmente terá de passar a vaga a outro”, completou.

Enquanto não é portuguesa, Vasileia tem custeado a sua própria preparação.

Além de Vasileia Karachailou, em ILCA 6, Portugal apurou ainda nas classes 470, com Diogo Costa e Carolina João, bem como me ILCA 7, com Eduardo Marques, sendo que, oportunamente, a federação revelará os critérios para definir que velejadores vão representar o país, que ainda sonha com a qualificação em kite e 49er.