A seleção portuguesa vai ao Mundial2025 com o objetivo de “passar pelo menos a primeira fase”, mas a “jogar olhos nos olhos” contra todos os adversários, disse hoje o presidente da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV).

“O objetivo neste Campeonato [do Mundo] é passar a primeira fase, pelo menos. Depois, vamos vendo quem nos aparece pela frente”, apontou Vicente Araújo, em declarações à agência Lusa.

Portugal vai participar pela terceira vez no Campeonato do Mundo de voleibol, a disputar entre 12 e 28 de setembro de 2025, nas Filipinas, depois de 1956 e 2002, confirmou hoje a Federação Internacional de Voleibol (FIVB).

Segundo o dirigente, a seleção portuguesa é uma equipa que “já está em cima” e “consegue jogar contra equipas fortes”, apesar de ser “uma equipa muito jovem” e que, por isso, “volta e meia, falha”.

“Falta alguma experiência a jogadores do ‘seis’ de base”, lembrou o líder da FPV, mas, “com mais um ano em cima”, Portugal quer alcançar “uma classificação entre os 15 primeiros”, uma vez que tem “qualidade para isso e até melhor”.

No entanto, os resultados no Filipinas2025 vão depender bastante de “quais são os ‘cruzamentos’” ditados pelo sorteio da fase final, que se realiza no dia 14.

“Mas vamos com o objetivo de ganhar a todos aqueles que forem piores do que nós. Vamos jogar olhos nos olhos e, no fim, vemos quem ganha”, frisou Vicente Araújo.

A seleção nacional é a nona entre as 15 apuradas por ranking, juntando-se à anfitriã Filipinas, à campeã do mundo Itália e às três primeiras de cada um dos campeonatos continentais, num total de 15, em função do alargamento da competição, de 24 para 32 seleções.

A primeira fase vai ser disputada por oito grupos de quatro seleções, com os dois primeiros a avançarem para os oitavos de final.

Para o presidente da FPV, a qualificação “era expectável”, porque o apuramento passou a ser “diferente”, embora “mais difícil”.

“Agora a qualificação é feita pela posição no ranking mundial, que é o somatório de vários resultados ao longo do tempo, que é bem mais difícil do que participar numa competição específica para qualificar”, explicou Araújo.

Nesse sentido, Portugal tem “vindo a ter resultados que têm permitido subir no ranking”, o que se se deve “ao trabalho que tem sido feito a nível das seleções”, particularmente nos escalões jovens, mas também ao facto de os campeonatos serem “cada vez mais competitivos”.

Só neste ano, lembrou o dirigente, Portugal esteve nas fases finais “do Europeu sub-18 masculino, de sub-20 feminino e de sub-22 masculino e feminino”, o que, salientou, “quer dizer alguma coisa”.

“Temos vindo a evoluir, o trabalho tem sido feito na base em colaboração com os clubes e não há dúvida nenhuma de que os nossos campeonatos são muito competitivos, o que também ajuda a elevar o nível”, analisou Vicente Araújo.

A 21.ª edição do Mundial de voleibol vai ser disputada em duas cidades filipinas, entre 12 e 28 de setembro de 2025, mediante o resultado do sorteio marcado para o próximo dia 14, em Manila.

Portugal foi 15.º no Campeonato do Mundo de 1956, em França, melhorando, depois, em 2002, na Argentina, para o oitavo posto.

No último Europeu, disputado em 2023, na Itália, na Bulgária, na Macedónia do Norte e em Israel, Portugal, na sua sétima participação, terminou em 10.º, tendo sido eliminado pela Ucrânia, nos oitavos de final.