O presidente de Ruanda, Paul Kagame, anunciou esta sexta-feira (13) que o seu país é candidato oficial a receber uma corrida de Fórmula 1 na sua capital, Kigali.
Kagame tem como objetivo trazer a F1 de volta à África, que não recebe um a prova da principal categoria do automobilismo desde 1993, quando aconteceu o Grande Prémio da África do Sul, no circuito de Kyalami.
O governo de Ruanda assumiu a estratégia de utilizar o desporto para desenvolver o turismo e dar visibilidade ao país a nível mundial.
"Tenho o prazer de anunciar oficialmente que Ruanda é candidata a trazer a emoção das corridas de automobilismo à África, recebendo um Grande Prémio de Fórmula 1", declarou Kagame na abertura da assembleia geral da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em Kigali.
O presidente mostrou-se muito satisfeito com a realização do congresso anual da FIA no continente, evento ao qual se referiu como "uma etapa importante".
"Marca o objetivo da indústria do automobilismo de se conectar diretamente com os fãs e os pilotos aspirantes em África", acrescentou.
Os opositores de Paul Kagame acusam-no de 'sportswashing' (usar os eventos desportivos internacionais para melhorar a sua imagem), com o objetivo de encobrir as violações dos direitos humanos e a falta de liberdade de expressão.
Em agosto, os dirigentes da F1 confirmaram as negociações com Ruanda para a organização de uma corrida. O diretor-geral da categoria, Stefano Domenicali, ressaltou que o país era uma opção "séria".
Nenhuma das partes especificou quando Ruanda poderia entrar no calendário da Fórmula 1.
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