Nikita Mazepin revelou que ficou a saber que tinha sido afastado pela Haas ao mesmo tempo em que a imprensa, quando a equipa emitiu o comunicado que dava conta da sua saída.
Numa conferência de imprensa levada a cabo na manhã desta quarta-feira, o piloto russo acusou ainda a Haas de não o apoiar e colocar fim a um sonho para o qual trabalhou durante largos anos.
"Eu merecia mais apoio da equipa", começou por dizer Mazepin. "Não há motivos legais para rescindir o contrato. Fiquei aliviado a partir do momento em vi que a FIA me deixava - a mim e as outros pilotos russos - correr com uma bandeira neutra. Eu aceitei ser neutro, queria assinar uma carta a dizê-lo, mas não me deram tempo. Fiquei sem o sonho pelo qual lutei durante 18 anos da minha vida", acrescentou o piloto de 23 anos.
"O mundo não é o mesmo de há duas semanas, eu sei disso e entendo, os tempos são difíceis, tenho amigos em ambos os lados do conflito. Não quero falar disso, apenas do que aconteceu na semana passada, quando a FIA e o Conselho Mundial me disseram que podia competir com a bandeira neutra, aceitei-o incondicionalmente. A decisão da Haas de terminar o contrato unilateralmente não foi tomada por causa de sanções, por uma autoridade desportiva, por mim, pelo meu pai ou pela sua companhia. E eu não creio que isso seja bom", prosseguiu Mazepin.
"A equipa disse-me que se a FIA permitisse, não haveria problema, acreditei nas palavras do [Günther] Steiner, que respeitava como homem e chefe de equipa", contou.
Ainda assim, Mazepin mantém o objetivo de, um dia, voltar ao 'grande circo'. "Não vejo a Fórmula 1 como um capítulo fechado. Vou manter-se fisicamente apto para o caso de aparecer uma oportunidade. Não olho para outras categorias", sublinhou.
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