O piloto português Miguel Oliveira (KTM) disse hoje, na antevisão do Grande Prémio da Austrália de MotoGP, que não reza “para que chova”, apesar de as duas vitórias conquistadas esta época terem sido conseguidas com a pista molhada.
“Não peço e rezo que chova a todo o momento. Este desporto é 95% desempenho do piloto, não desempenho à chuva. Mas é evidente que, se chover, vou aproveitar todas as vantagens que tenho. Para ser honesto, não acho que tenha essa enorme vantagem em conduzir com chuva”, disse o piloto natural de Almada, na conferência de imprensa de antevisão da 19.ª prova da temporada.
Miguel Oliveira chega à ronda australiana, que se disputa na madrugada de domingo, depois da vitória conseguida no GP da Tailândia, 17.ª das 20 provas desta temporada, depois de já ter vencido o GP da Indonésia, a segunda corrida do ano, também disputada à chuva.
“Acredito ser bastante rápido a pular para a moto e sentir-me bem com o piso molhado. Se analisar a corrida, é esta a minha única vantagem, a fase inicial. Depois, sou rápido nas situações normais da corrida, na consistência e na velocidade. Mas a posição inicial com chuva é muito importante, não podes ficar muito atrás dos outros pilotos. Temos ainda a pressão dos pneus, o atacar nos momentos errados... Não me considero um especialista com chuva. Aliás, já fiz algumas corridas com chuva e só ganhei duas delas. Não rezo para que chova”, sublinhou Miguel Oliveira.
O piloto luso considera que o traçado australiano de Phillip Island é “um circuito especial devido ao tempo”, que é “um pouco frio”, o que dificulta o entendimento da corrida.
“É um desafio entender o quanto podemos ser rápidos nas sessões», defendeu, embora tenha referido que o circuito australiano é um “circuito normal”, onde é “muito complicado encontrar o ritmo nas voltas mais rápidas”.
“Não espero encontrar diferenças extremas ou dificuldades extras que normalmente encontramos em todas as provas”, precisou o piloto português da KTM.
Ainda assim, Miguel Oliveira reconhece que é um circuito onde teve sucesso nas outras categorias.
“Mas o MotoGP é completamente diferente e espero adaptar-me rápido. É um circuito onde não se trava muito, é super rápido e onde se deve travar levemente. É preciso encontrar o ritmo e, em certas partes, tem de ser agressivo mas de uma forma agradável”, avaliou.
Miguel Oliveira falhou a corrida na última vez em que o campeonato tinha passado pela Austrália, em 2019, depois de uma violenta queda sofrida nos treinos livres provocada por uma rajada de vento que o lesionou num ombro.
O piloto português chega a esta antepenúltima prova da temporada no oitavo lugar do campeonato, com 131 pontos, a 88 do líder, o francês Fabio Quartararo (Yamaha).
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