Lewis Hamilton surpreendeu o mundo da Fórmula 1 ao anunciar a sua saída para a Ferrari na próxima época, antes do arranque do Mundial de 2024, em fevereiro. Onze anos depois, o sete vezes campeão do Mundo deixar de correr com motores Mercedes na Fórmula 1, numa casa onde conquistou seis títulos de pilotos entre 2014 e 2020 e ajudou a ganhar oito Mundiais de construtores.
A decisão surpreendeu todos, ainda mais Toto Wolff, chefe de equipa e CEO da Mercedes.
"Acho que foi difícil para ele contar-me, porque partiu para as férias de Natal e ficou comprometido com a Mercedes para sempre. Normalmente, é uma altura em que não falamos muito porque ele está fora, porque senão falamos todos os dias. E depois ele voltou e disse-me: 'podemos tomar um café?' Veio tomar um café, que é a coisa normal que fazemos quando a época começa, e disse-me: 'Vou-me embora para a Ferrari'. E eu disse: 'A sério?' E não é que me tenha chocado, porque sabíamos que tínhamos assinado um contrato de curto prazo, mas o timing no início da época. Eu perguntei: 'porquê no início da época?' Ele disse que só queria expor a situação para tirar toda a pressão e carga emocional", recordou o chefe de equipa da Mercedes, numa entrevista à 'Fox News Austrália'.
"Depois de cinco minutos de choque e incredulidade disse: 'Muito bem, o que estamos a fazer com o anúncio, o que estamos a fazer no início da época?' E ele disse, 'bem, o anúncio é uma coisa complicada porque acho que está a informação está a vazar', por isso não me deu muitas opções", completou.
Na mesma entrevista, Toto Wolff já avisou Hamilton que a partir da próxima temporada tem de se habituar a ver a asa traseira do monolugar dos 'Flechas de Prata'
"Não consigo imaginá-lo de vermelho, acho que não combina com ele, mas a imagem vai ser interessante. E depois disse-lhe: Tens de te habituar a imaginar a nossa asa traseira, porque é essa a nova perspetiva que vais ter", atirou.
Lewis Hamilton chegou à Mercedes em 2013. Na escuderia alemã venceu seis dos seus sete títulos mundiais, somou 82 vitórias, 78 'pole' e 148 pódios. No entanto, não ganha uma corrida com a Mercedes desde o Grande Prémio da Arábia Saudita em 2021.
O facto de a equipa alemã não ter conseguido fornecer-lhe um carro competitivo desde a implementação dos novos regulamentos em 2022 poderá estar na origem da saída do piloto britânico.
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