O diretor executivo da Mercedes, Toto Wolff, disse hoje que espera desafiar a Red Bull e a Ferrari na luta pelos títulos de Fórmula 1 em 2023, após uma temporada “difícil”, durante a Web Summit, em Lisboa.
“A época tem sido difícil para nós. Ganhámos o campeonato oito vezes consecutivas, mas isso é passado. Temos de olhar para o amanhã. Esta época tem sido um processo de aprendizagem. Espero que, para o ano, possamos desafiar Red Bull e Ferrari”, disse.
Com duas corridas ainda por disputar (os grandes prémios do Brasil e de Abu Dhabi), a Red Bull dominou por completo a temporada e já conquistou o título de pilotos, através do neerlandês Max Verstappen, e o título de construtores, com a Ferrari em segundo.
“O conceito do carro não esteve no sítio certo e, na Fórmula 1, leva muito tempo para desfazer coisas construídas no monolugar”, explicou o austríaco, num painel realizado no palco principal da cimeira tecnológica, na Altice Arena, intitulado “Dando à F1 uma vantagem tecnológica”, com o diretor executivo da parceira TeamViewer, Oliver Steil.
A Mercedes, após oito anos a dominar o desporto, ocupa este ano a terceira posição no ranking de construtores, com 447 pontos, ainda com possibilidades de alcançar o segundo lugar da Ferrari, que tem 487, enquanto os pilotos britânicos George Russell e Lewis Hamilton são quarto e quinto classificados na tabela de pilotos, respetivamente.
“Faltam duas corridas e é desafiante para nós. Estamos limitados na possibilidade de melhorar os carros. É importante, nestas derradeiras corridas, clarificar se estamos no caminho certo para o próximo ano e se os problemas estão mais resolvidos”, reforçou.
Toto Wolff e Oliver Steil debateram ainda a vantagem tecnológica que a TeamViewer oferece à Mercedes dentro do ‘paddock’, com a capacidade de trabalhar de maneira remota e contornar as limitações de engenheiros que podem figurar em cada corrida.
Por outro lado, Toto Wolff realçou a importância da sustentabilidade no desporto, ao destacar mesmo o tema como uma das principais prioridades da Mercedes: “É nossa responsabilidade mostrar à nossa audiência global de biliões de espetadores que se nós conseguimos, todos o conseguem. Reduzimos as nossas emissões em quase 90%”.
A sétima edição da Web Summit arrancou em Lisboa na terça-feira e termina na sexta-feira, contando com mais de 70.000 participantes, 2.630 'startups' e empresas, 1.120 investidores e 1.040 oradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações em Lisboa em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028.
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