
"Estamos gratos ao povo dos Estados Unidos que estendeu a mão ao povo de Moçambique", disse Antonella D'Aprile, diretora do PAM em Moçambique, citada numa nota da agência das Nações Unidas divulgada hoje.
O valor vai servir para a "assistência crítica" de cerca de 790 mil pessoas, bem como prestação de serviços aéreos humanitários no norte de Moçambique, através do Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas, indica o PAM.
"A assistência não está apenas a ajudar as pessoas mais vulneráveis a atender as suas necessidades imediatas, mas contribui para reforçar a tão necessária resiliência, promover a paz e fortalecer a estabilidade das comunidades", acrescenta o PAM.
Os Estados Unidos são o maior doador do PAM em Moçambique, tendo apoiado a agência com um total de 289,1 milhões de dólares (262 milhões de euros) desde 2017, segundo dados oficiais.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
EYAC // JH
Lusa/Fim
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