O boletim do INSA sobre a vigilância epidemiológica dos vírus respiratórios refere que Portugal regista uma atividade gripal epidémica com tendência estável, continuando a ser observado um aumento da deteção de casos de gripe do tipo A.
Relativamente ao impacto, o INSA indica que se verificou uma "mortalidade por todas causas com valores acima do esperado" e que, na atual época 2024/2025, a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (hospitais) notificaram 64.394 casos de infeção respiratória e foram identificados 8.619 casos de gripe.
Na semana de 20 a 26 de janeiro, foram identificados 1.225 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 810 do tipo A e 415 do tipo B, adianta ainda o boletim do instituto.
Desde o início da época, foram reportados 60 casos de gripe pelas unidades de cuidados intensivos que colaboram na vigilância e, desse total de casos, 45 tinham doença crónica e 52 tinham recomendação para vacinação contra a gripe sazonal, mas apenas 12 estavam vacinados.
Em Portugal, o Programa Nacional de Vigilância é composto pela Rede de Médicos-Sentinela (médicos de família), pelos serviços de urgência de obstetrícia, pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios e pelas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Habitualmente, este programa tem início no princípio de outubro, terminando em maio do ano seguinte, e integra as componentes de vigilância clínica e laboratorial.
Como medida preventiva, as autoridades têm insistido na vacinação sazonal, que arrancou em 20 de setembro e que já permitiu vacinar mais de 2,3 milhões de pessoas contra a gripe e mais de 1,5 milhões com a dose de reforço contra a covid-19.
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