Em declarações aos jornalistas no parlamento, a deputada e porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, salientou que o partido já propôs o IVA zero para o cabaz essencial nos Orçamentos do Estado para 2022 e 2023, tendo alertado "desde o primeiro momento para o impacto do custo de vida".

Por outro lado, lembrou que o PAN já fez uma recomendação ao Governo para que seja obrigatório um relatório mensal sobre os preços praticados nas grandes superfícies, aconselhando o executivo a incluir esta proposta no acordo que está a negociar com a produção e a distribuição.

"Outra crítica a esta medida é que só vigorará até outubro, quando sabemos que as famílias estão numa situação bastante complicada", lamentou, dizendo que também o aumento do subsídio de refeição já tinha sido proposto pelo PAN.

Inês Sousa Real criticou ainda que os apoios diretos abranjam apenas as famílias mais vulneráveis e deixem de fora a classe média baixa, e que não sejam retroativos ao início do ano.

"Quando temos um excedente por via do défice de 3.600 milhões de euros, estamos a falar do Governo encher os bolsos do Estado e não estar a dar a mão às famílias", acusou.

O Governo vai reduzir o IVA dos bens alimentares essenciais, anunciou hoje o ministro das Finanças, Fernando Medina, colocando a taxa em zero no cabaz de bens essenciais.

Foi igualmente anunciado que os funcionários públicos vão ter um novo aumento salarial de 1% este ano e uma subida no subsídio de alimentação.

SMA // JPS

Lusa/fim