"Com base nas relações de estreita amizade com o nosso país irmão Portugal, Timor-Leste manifesta o seu apoio à recandidatura de António Vitorino", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação timorense, numa mensagem na sua página na rede social Facebook.

Adaljiza Magno, ministra dos Negócios Estrangeiros, explicou à Lusa que o apoio se deve igualmente à colaboração e assistência que Vitorino deu a Timor-Leste.

"Somos países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e consideramos que o senhor António Vitorino tem feito muito trabalho de apoio a Timor-Leste, especialmente na resolução do problema que muitos timorenses enfrentaram fora de Portugal", disse.

"Muitos timorenses que viajaram para Portugal e outros países europeus, onde enfrentaram vários problemas e contámos com o apoio de António Vitorino. Por isso é dever de Timor-Leste apoiar António Vitorino", afirmou Magno.

Timor-Leste junta-se assim a outros países, incluindo Portugal, que já anunciaram apoio à candidatura de Vitorino para um segundo mandato à frente da OIM, uma agência das Nações Unidas, com a eleição prevista para junho.

Em novembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português sublinhou que a decisão de recandidatura traduz a "prioridade" atribuída por Portugal a uma abordagem humanista das migrações.

"A decisão de apoiar a recandidatura de António Vitorino traduz a prioridade atribuída por Portugal a uma abordagem humanista das migrações e à cooperação multilateral nesta matéria", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa nota enviada à imprensa.

"No seu primeiro mandato, e num contexto internacional particularmente desafiante, António Vitorino alcançou importantes resultados no reforço" da OIM, refere o ministério.

A OIM é a agência das Nações Unidas responsável pela gestão das migrações internacionais e uma das principais agências humanitárias, beneficiando anualmente dos seus projetos mais de 30 milhões de pessoas, em resposta a situações de crise e conflito, em todo o mundo.

Na anterior eleição pelo Conselho da OIM, António Vitorino foi sempre o candidato mais votado e superou as votações nos outros dois candidatos ao cargo, a costa-riquenha Laura Thompson e o norte-americano Ken Isaacs.

 

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