O Verão é a época das férias e de conviver com a família. Neste período, é habitual vermos em diferentes localidades, feiras populares e circos. No nosso país, para a felicidade de alguns, o circo dura todo o ano e não tem o nome mais fácil que vos vem à cabeça: Cardinali. Falo mesmo do futebol português.
Passando à frente este pequeno desabafo, falemos do FC Porto-Arouca de ontem. Um jogo que foi digno de um filme de Hollywood (e com uma duração que faz lembrar um "Oppenheimer" desta vida), pois teve de tudo: drama, suspense e ação.
O jogo terminou empatado a um e fosse eu analisar tudo o que há para analisar neste jogo, esta crónica seria mais extensa do que o "Memorial do Convento". Por falar em convento, o primeiro golo do jogo até foi marcado por Cristo. Sim, em Arouca temos um jogador chamado Cristo. Quão engraçado seria um dia Cristo ser treinado por (Jorge) Jesus e ter como diretor desportivo (João de) Deus? Seria, sem sombra de dúvidas, uma equipa sagrada.
Nos descontos veio o drama e a confusão. O FC Porto, esta época, tem o plantel em greve e só decide jogar depois dos 90 minutos. A sorte do FC Porto é que este jogo teve 23 minutos de descontos. Com tanto desconto, o empate acabou por cair mesmo no final do jogo. Sou-vos honesto, depois de o jogo terminar, ainda fiquei cinco minutos à espera dos penalties.
A grande bronca neste jogo dá-se porque as imagens do VAR falharam, o árbitro reverte (e bem) uma grande penalidade a favor do FC Porto e o FC Porto não concorda com a decisão. Imaginemos que vocês veem uma pessoa a deixar cair uma nota de 100 euros ao chão, vão lhe devolver ou vão dizer para a vossa consciência que achado não é roubado? Fica ao vosso critério.
Na Pedreira, jogou-se a partida principal desta jornada, um clássico de Sporting's, o de Braga e o de Lisboa, perdão, Portugal, os sportinguistas ficam mesmo chateados quando dizemos Sporting de Lisboa.
Num jogo morno também se deu um empate a uma bola. O Sporting marcou primeiro, num belo golo do Pote e o Sporting de Braga chegou ao empate num livre de Djaló. Um golo onde monta a barreira na Sé de Braga e vai-se colocar no Bom Jesus.
O primeiro clássico (pelo menos é o que as televisões agora chamam a um Braga-Sporting) da época lembrou um pouco aquelas laranjas que têm um excelente aspeto mas quando se vão a espremer, têm pouco sumo são azedas. Por falar em fruta, João Moutinho estreou-se ontem contra o seu antigo pomar, perdão, clube.
Este jogo teve uns míseros sete minutos de descontos, se é para ser assim, não passarem pelo menos os 15, não contem comigo num estádio. Um adepto paga é para ver jogo, com jogos a chegarem aos 113 minutos, porque raio em Braga este só chegou aos 90+7?
A brincar se dizem as verdades e não seria mau a Liga abrir a pestana e começar a fazer aquilo que tem de fazer, defender o futebol em Portugal!
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