John Terry foi convidado do podcast 'Up Front With Simon Jordan' e recordou as passagens de Villas-Boas e José Mourinho pelo Chelsea. As revelações são, no mínimo, curiosas.

Sobre a primeira temporada de José Mourinho no Chelsea, o antigo capitão inglês destacou  a a confiança que o treinador português depositou em si, atribuindo-lhe de imediato a braçadeira de capitão. Sem esconder o receio sentido assim que tiveram o primeiro contacto com o técnico português.

"Na primeira pré-temporada com Mourinho, ficámos alguns dias em Inglaterra antes de irmos para Los Angeles. As primeiras sessões de treino eram uma grande oportunidade para o impressionar, porque ficámos todos aterrorizados com a primeira conferência de imprensa dele. Estávamos todos borrados, até ligámos uns aos outros. Não sabíamos o que esperar, foi intimidante ver o quão confiante era", começou por recordar o antigo central, uma das maiores figuras da história do Chelsea.

Quanto a Villas-Boas, numa história igualmente curiosa, o primeiro contacto do técnico com o plantel não foi fácil. Numa viagem de avião, Terry impôs o seu poder dentro do grupo para não acatar uma decisão do técnico português, assim que chegou ao comando técnico dos 'blues'.

"Quando Villas-Boas chegou fomos a Hong Kong. Eu estava sentado na classe económica num voo de 13 horas e tínhamos jogadores como o Josh McEachran, o Nathaniel Chalobah e outros jovens jogadores em primeira classe. Fazia parte da estratégia de Villas-Boas de 'nenhum jogador é maior do que eu, todos são iguais'. Estou no avião e digo 'não vamos a lado nenhum até que estes jogadores voltem para a classe económica e os da equipa principal, que fizeram deste clube aquilo que é hoje, sigam para a primeira'. Villas-Boas chega ao pé de nós e pergunta 'qual é o problema?'. E eu respondo 'não vamos a lado nenhum até que os jovens saiam daqui'. E para ser honesto, eles diziam 'John, também estamos desconfortáveis, vamos voltar lá para trás'. E eu respondia 'não, a decisão não é vossa'. No final das contas, acabámos por trocar. Ele tentou afirmar-se no primeiro dia e falhou instantaneamente. Posso garantir que aquele avião não ia a lugar algum. E se fosse, ia sem mim, o Frank [Lampard] e o Didier [Drogba]", explicou o antigo central, agora com 43 anos.