A nova direção da Federação Portuguesa de Futebol resolveu desistir do recurso apresentado ao Tribunal Constitucional, dando assim acesso aos contratos de Fernando Santos com a instituição.

Em outubro de 2022, o jornal 'Expresso' avançou que a Segurança Social estaria a analisar o contrato celebrado entre a FPF e a Femacosa, empresa do antigo selecionador nacional, isto depois deste ter perdido o processo contra o fisco, no valor de 4,5 milhões de euros.

O mesmo semanário citava uma fonte ligada à Segurança Social, que afirmava que esta "não deixará de adotar diligências necessárias para garantir o cumprimento de qualquer obrigação que seja apurada".

Este processo levou à decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, em maio de 2023, que obrigava a Federação Portuguesa de Futebol a divulgar todos os contratos celebrados com Fernando Santos, membros da sua equipa técnica e empresas onde estes estejam envolvidos, decisão que não foi levada a cabo pela FPF.

Eis o comunicado da FPF na íntegra:

"A Federação Portuguesa de Futebol informa que a Direção deliberou, de forma unânime, apresentar desistência do recurso interposto para o Tribunal Constitucional quanto às sucessivas decisões, nas mais diversas instâncias, relativas ao pedido de jornalistas do jornal Expresso para o acesso a um conjunto de documentos, nomeadamente os relacionados com os contratos assinados entre a Federação Portuguesa de Futebol e o ex-selecionador nacional, Fernando Santos, bem como os elementos da sua equipa técnica.

Em nome das melhores práticas da transparência, na defesa das quais a Direção da Federação Portuguesa de Futebol será sempre intransigente, a Federação Portuguesa de Futebol informou já a Direção do Expresso da decisão tomada"