O Governo está disponível para analisar os custos de contexto associados ao futebol profissional, disse hoje o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, na Cimeira de Presidentes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no Porto.
“Não há condições sociológicas para considerarmos, nesta fase da nossa vida coletiva, apoios diretos a uma atividade profissional e a uma indústria desta dimensão. Isso não significa que o estado não tenha vontade, e diria até obrigação, de criar todas as condições para que o futebol profissional se possa desenvolver ainda mais e ser competitivo em termos internacionais. Há abertura para conversarmos e já tivemos algumas conversas com o presidente da LPFP”, frisou, em declarações citadas pelo organismo.
Pedro Duarte participou por videoconferência na primeira parte da 13.ª edição da Cimeira de Presidentes da LPFP, realizada na recém-inaugurada sede do organismo, no Porto, declarando que o Governo “tem de ser um facilitador do futebol profissional” em Portugal.
“No conjunto de apoios que precisamos de dar, enquanto Estado, para o desenvolvimento da prática e da atividade física generalizada, isso está muito focado em infraestruturas e em programas muito específicos para a captação de novos praticantes e para a inclusão. É um apoio prioritário em termos de apoios diretos que o Estado tem de dar”, observou.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, responsável pela tutela do Desporto, reiterou que o Governo vê o desporto como “um pilar estruturante” da sua ação, um dia depois de ter anunciado um reforço de 65 milhões de euros (ME) à verba alocada ao setor no Orçamento do Estado, de forma a “investir na prática desportiva no país”.
“O futebol profissional é um exemplo que deve ser seguido por outros setores. Tem dado saltos em termos de prestígio, de reconhecimento público e de responsabilidade social que, como membro do Governo, quero deixar aqui registado”, notou, perante os dirigentes de 33 das 34 sociedades desportivas da I e II Ligas.
O Ministro dos Assuntos Parlamentares enalteceu o “perfil de liderança” do presidente do organismo, Pedro Proença, que viria a anunciar na reta final da Cimeira de Presidentes a candidatura às eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na qual defrontará Nuno Lobo, homólogo da Associação de Futebol de Lisboa, em 14 de fevereiro de 2025.
“A notoriedade, o sucesso e o impacto que tem tido em termos globais e na competitividade internacional está muito acima de outros setores da nossa sociedade. É um exemplo que outros setores de atividade devem seguir, porque temos tido capacidade de produzir talento, de profissionalizar as nossas estruturas, de melhorar a competência e as aptidões de todos agentes desportivos envolvidos no processo. Isso é exemplar e deve ser seguido por outros setores”, finalizou.
Na sexta-feira, Pedro Duarte tinha acompanhado o primeiro-ministro Luís Montenegro na cerimónia de inauguração da nova sede da LPFP, cuja “nobreza e excelência é um símbolo extraordinário da evolução do futebol profissional nos últimos anos e da modernidade e visão para o futuro que se sente no local”.
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