Henrikh Mkhitaryan publicou recentemente a sua autobiografia, intitulada "A minha vida sempre ao centro, a viagem de um rapaz arménio", onde, entre outros, relata a sua complicada relação com José Mourinho.

A tensão viveu-se na temporada 2016/17, altura em que os dois estavam no Manchester United. Num pequeno-almoço, os dois entraram numa acesa discussão, que terminou com insultos mútuos.

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"Disse a Mourinho: "Andas a criticar-me há um ano e meio, desde que cheguei ao Manchester United". Ele respondeu-me: "És uma merda". Claro que perdi a paciência. "Tu é que és uma merda e das grandes". E ele: "Sai daqui, nunca mais te quero ver à frente", relata o jogador.

Desde então, a tensão transferiu-se para os treinos dos 'red devils', onde não havia qualquer tipo de comunicação...o mesmo não se pode dizer para as noites.

"Durante os treinos ele não falava comigo. Seguia um nível religioso de silêncio, mas todas as noites enviava-me uma mensagem no WhatsApp a dizer "Miki, sai do clube, por favor"", afirma o arménio.

Mkhitaryan afirma que a resposta a esta mensagem era sempre a mesma, tendo havido uma ligeira alteração a partir do mês de janeiro.

"Eu respondia sempre da mesma maneira, copiava e colava. "Saio se encontrar a equipa certa, caso contrário vou esperar pelo verão". A meio de janeiro, as mensagens mudaram ligeiramente: "Miki, sai do clube para que consiga contratar o Alexis Sánchez, por favor"", refere.

O técnico português acabaria por ver o seu desejo realizado, e Mkhitaryan rumaria ao Arsenal, enquanto Alexis Sánchez fazia o percurso inverso.

Apesar destes episódios, os dois haveriam de se reencontrar mais tarde, agora na AS Roma. Aqui, e ao contrário do que sucedera em Inglaterra, Mkhitaryan foi um dos jogadores fundamentais para os bons resultados alcançados por Mourinho pelos 'gialorossi'.