A consolidação da cimeira Thinking Football foi hoje enaltecida pelo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no encerramento do primeiro dia da terceira edição do evento, que decorre até sábado no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
“A Thinking Football Summit nasceu em 2022, a partir de um sonho da LPFP e com o propósito de se tornar um evento global de reflexão e partilha de conhecimento e experiência desta indústria. De Portugal para o mundo, queríamos que fosse um espaço que abraçasse e liderasse a discussão em torno dos grandes desafios do futebol. Passados três anos, esse objetivo está alcançado”, disse Pedro Proença, ao discursar na sessão solene da cimeira.
Satisfeito pelo “ambiente especial de agregação” observado da base ao topo da pirâmide nacional, o dirigente pugnou por um “futebol melhor e maior” e pediu aos clubes que sejam “parceiros naturais” fora das quatro linhas, sem abdicarem da competição nos relvados.
“Destaco três palavras que definem aquilo que é este Thinking Football Summit: união, liderança e visão. O futebol profissional tem sido o grande motor desta indústria. Na discussão do presente e na projeção do futuro, assumimos esse papel com responsabilidade, coragem e sentido de missão, mas também com enorme espírito de agregação, porque sabemos que este é o caminho que não podemos percorrer sozinhos”, advertiu.
O evento junta cerca de 250 oradores nacionais e internacionais para quase uma centena de debates sobre a modalidade e mereceu elogios de José Couceiro, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que destacou as potencialidades do “espaço de partilha” providenciado pela LPFP.
“O conhecimento não tem de ficar num gueto. Temos de partilhá-lo sem qualquer tipo de receio. No futebol, tal como em todas as modalidades coletivas, somos melhores quando os nossos adversários são mais fortes. É preciso que haja um todo, que só tem sucesso se houver equilíbrio. Para tal, temos de trabalhar na base, saber formar e criar condições”, notou.
Já o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, confidenciou o desejo de acelerar a renovação do protocolo do município com a LPFP, visando a manutenção da cimeira no Pavilhão Rosa Mota, onde decorreram as duas primeiras edições.
“Vejo com muita satisfação que este evento tem sido um sucesso. O futebol apaixona tantos e garante que o nosso país é competitivo numa indústria muito importante a nível mundial. Vale a pena estar aqui, assistir a este diálogo e perceber que o setor está bem e para durar. Sendo uma indústria tão importante para tantas pessoas, é nelas que devemos pensar e dar condições para que isto não se estrague e continue a crescer”, apelou.
A ronda de discursos terminou com o Ministro dos Assuntos Parlamentes, Pedro Duarte, que enquadrou a Thinking Football Summit como paradigma da “enorme relevância” do futebol na sociedade portuguesa e do “profissionalismo, mérito e liderança” da LPFP.
“Muito daquilo que acontece no futebol pode e deve inspirar o mundo. A vontade de estar entre os maiores e os melhores é uma imagem de marca do futebol português, que tem levado bem alto o nome do país e ajudado a nível económico e, sobretudo, social. Aliás, o crescimento do futebol feminino deve-nos fazer rebentar de orgulho, porque esta indústria também é um motor de inclusão. O caminho é este. Por favor, não vacilem”, afiançou.
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