Para tentar ajudar os adeptos e sócios portistas a decidirem, o SAPO Desporto obteve junto das três candidaturas algumas respostas relativas a questões pertinentes da vida do FC Porto. Pinto da Costa, André Villas-Boas e Nuno Lobo acederam ao repto e tentaram esclarecer os sócios e adeptos dos dragões.
Jorge Nuno Pinto da Costa recandidata-se ao cargo de presidente do FC Porto e acredita que apesar dos 42 anos ao serviço do clube ainda pode dar muito mais durante o próximo mandato. O líder da lista A, intitulada "Todos Pelo Porto", admite que ainda tem muito para dar ao clube e promete respeitar a vontade dos sócios, seja esta de continuidade ou de mudança.
"A concorrência nestas eleições é um sinal da força do nosso Clube. Aqui, os sócios não se escondem quando são chamados a dar a sua opinião sobre o futuro desta instituição. E ainda bem que assim é. Qualquer que seja o resultado das eleições, será feita a vontade dos sócios e o futuro do Clube, o que acontecer, será responsabilidade deles também", começou por dizer o atual líder portista.
Aos 86 anos, tem um legado impressionante no que toca a títulos e conquistas, mas nem por isso a vontade e ambição de Pinto da Costa diminuiu, o que o leva a crer que ainda pode acrescentar muito ao FC Porto nos próximos anos. "O que tenho para oferecer é a minha vontade de vencer sempre. Esse sentimento que tenho dentro de mim é igual a como era há 42 anos quando fui eleito, pela primeira vez, Presidente do Futebol Clube do Porto", garantiu.
Independentemente do resultado das eleições, o presidente mais titulado do Mundo deixa obra feita e guarda na memória algumas grandes vitórias, marcaram o seu percurso inolvidável.
"Cada dia que tive a honra de ser Presidente do meu Clube de coração foi um privilégio que tentei viver sempre ao máximo. E, ao mesmo tempo, uma enorme responsabilidade. "A primeira grande vitória foi, sem dúvida, a conquista da Liga dos Campeões em 1987 em Viena, tal como tinha prometido no meu programa eleitoral estarmos numa final europeia. A inauguração do Estádio do Dragão também foi um grande momento para o nosso Clube, sobretudo por toda a polémica e tentativas de impugnação que tivemos de ultrapassar. O Museu é outra peça de que me orgulho muito. Está ali a história do nosso Clube para todos conhecerem e respeitarem".
Mas nem tudo foram coisas boas e Pinto da Costa fez questão de mostrar que não se esqueceu dos momentos difíceis enquanto líder do FC Porto. "Também houve momentos menos bons, como o último jogo do Pedroto como treinador do nosso clube, um jogo em Penafiel, na altura em que descobri que ele tinha cancro. Além da perda de muitos amigos que o Futebol Clube do Porto me deu, nomeadamente Reinaldo Teles, Rui Filipe, Pôncio Monteiro e do Fernando Gomes, entre muitos outros", concluiu.
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