Quando acaba uma temporada, à semelhança dos desportos físicos, como o futebol, basquetebol ou mesmo a Formula 1, há um período de reflecção e balanço das organizações ligadas aos Esports. São avaliados os jogadores e as opções de trocas que podem ser feitas, levando as equipas a ambicionarem novas conquistas na época seguinte.
Nas últimas semanas temos vindo a assistir o desmantelamento e reconstrução das principais formações de CS: GO em Portugal, por ser o jogo mais popular. Mas também têm sido anunciados jogadores de League of Legends, alguns que estão a sair de emblemas nacionais para se projetarem internacionalmente. Mas sabia que alguns dos jogos mais populares dos desportos eletrónicos têm regras para as transferências que têm de ser seguidas à risca?
A Esports Observer decidiu questionar a indústria, desde as equipas de topo, às editoras dos jogos que têm algo a dizer sobre as competições oficiais. E descobriu que a Riot, a produtora de League of Legends, tem todo um manual de regras oficiais bem definidas, que servem de exemplo a outros jogos com forte presença nos desportos eletrónicos, sobretudo no que diz respeito à captação e venda de jogadores.
No que diz respeito a League of Legends, existe uma janela de tempo bem definida para transferir jogadores. Este ano, a partir de 19 de novembro iniciou-se o período de negociação, com a maior parte das equipas a completar o seu quadro em menos de 72 horas. As organizações não podem persuadir jogadores ou empresários tendo em vista a transferência de um atleta de uma equipa para outra.
Depois de transferidos, os jogadores devem ser anunciados nas respetivas redes sociais das organizações, que na maioria dos casos é acrescido pela mensagem “pending Riot approval” já que é necessário a própria aprovação da Riot para finalizar o negócio. E depois disso, há uma base de dados pública, que lista todos os jogadores por regiões, os respetivos clubes, data do fim de contrato, entre outros dados úteis, incluindo o email do representante da equipa. É o mais transparente possível.
Overwatch também tem regras, assim como uma página com as equipas e jogadores sob contrato, e outras informações, como o período de transferências que este ano foi em outubro. Há períodos bem definidos em que os jogadores podem assinar com qualquer equipa, caso não tenha contrato; outro período é quando os jogadores têm contrato e manifestam intenções de ir para outra equipa; e por outro lado, há o período em que as equipas podem acionar a cláusula de preferência e renovar com os jogadores antes destes se tornarem livres.
E para participar na Overwatch League, as equipas são obrigadas a ter oito jogadores com contrato até a prazo definido. De notar ainda que o perfil dos jogadores, no próprio jogo, serve como um cartão de identificação do mesmo, onde são registados castigos no passado ou comportamentos de batota, por exemplo, um cadastro que é regularmente consultado pela própria Blizzard.
As coisas são bem diferentes nos chamados jogos de mercado aberto, onde se encaixa Counter-Strike: Global Offensive. Como não existem regras impostas pela Valve no que diz respeito a janelas de transferências, muitas vezes um alinhamento de jogadores é adquirido por uma outra equipa. Há uma espécie de “vale tudo” das organizações de topo para garantir uma slot nas principais competições da temporada, nomeadamente a ESL Pro Tour, BLAST Premier Series, e outras, cujos valores dos prémios de participação garantem a continuidade e crescimento nos anos seguintes.
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