O agente FIFA angolano João Julião representa vários talentos angolanos que atuam no futebol europeu, cujo objetivo é trazê-los para representarem as seleções nacionais, informou hoje, quarta-feira, o próprio à Angop.
De acordo com a fonte, em entrevista a Angop, há muitos futebolistas a jogarem no velho continente, na Suíça em particular, com capacidade de reforçar os Palancas Negras, nos vários escalões, e que aguardam apenas por convites da Federação Angolana da modalidade.
Entre os jogadores, João Julião destacou Neftali Manzambi (FC Basileia/21 anos), Rashid dos Santos (FC Zurique/18 anos), Jeremie Malunga (FC Servette/17 anos) e Gerson Sica (Etoile Carouge FC/17 anos), reiterando que são atletas com valor e inclusive alguns já representaram as seleções jovens da Suíça.
“Temos que proteger estes jovens e aproveitá-los para as nossas seleções. Alguns já representaram as camadas jovens da Suíça, mas têm todo interesse em jogar pelo país de origem que é Angola. A federação tem que agir o mais cedo possível para não perdermos estes talentos”, frisou.
Por outro lado, o antigo jogador do Interclube (Cassulinha) e Fata (juvenis/júnior) disse que falta “coragem futebolística” aos dirigentes angolanos, para dar mais oportunidades aos jovens e apostar na formação.
Na sua opinião, Angola dificilmente atingirá o nível de países como Nigéria, Gana e Camarões porque tem medo de apostar nos jovens, tanto nos clubes como na seleção.
“Temos que ganhar coragem e nos mentalizarmos que tudo parte da formação. Se trabalharmos bem nesta área teremos seleções fortes no futuro”, salientou.
João Julião, que também jogou no Lecce da primeira divisão italiana, sublinhou que o Girabola ganhou qualidade nos últimos anos e que atrai jogadores de vários cantos do mundo, mas que o futebol angolano não está a acompanhar esta evolução em termos técnicos e táticos.
“Em termos de prestígio é bom para nós, mas poderíamos ganhar mais se os nossos jovens tivessem mais oportunidades. Eles poderão evoluir mais tática e tecnicamente e o futebol angolano sai vitorioso”, acrescentou, realçando que a fraca aposta na formação “travou” as constantes transferências de nacionais para o exterior.
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